terça-feira, 24 de agosto de 2010

O que é que há em comum entre Conan O'Brien e Marco Paulo?


Devido às, presumo, algumas plásticas e vários tratamentos de rosto, alguns mesmo bastante apanascados, parecem-me bonecos usados pelos ventríloquos.

E não é que


este blogzinho lindo da sua dona, há pouco mais de 15 dias, fez já 5 anos (note-se que a idade na blogosfera é equivalente à canina) e ninguém lhe deu os parabéns? Nem mesmo eu? (Vou ali punir-me através da flagelação e já volto). 


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quero todas!


As lindas, fantásticas, indecentes e divertidíssimas Funny Suitcase Stickers

da marca The Cheeky. 









Tese silly seasonista


Agosto é também um mês de gelados. E isso faz-me sempre lembrar que também pela forma como se come gelados (ou parecido) é possível definir um pouco da personalidade do titular da respectiva boca. Trocando por miúdos: sempre defendi que uma das características – a falta dela, melhor dizendo – que me irrita nos adultos é serem só adultos, chatos e aborrecidos, que esqueceram a criança que já foram. Também já afirmei que faço questão em manter o meu lado infantil (sou feliz assim, que querem?). Teriam uma demonstração dessa mesma infantilidade se me vissem a comer um Cornetto: sou daquelas que continuam a lamber a tampinha e o papel que envolve o dito. E sim, tenho 35 anos. E sim, não tenciono mudar de comportamento. E sim, acho que nunca me sentiria plenamente satisfeita se não pudesse lamber aquele bocadinho de baunilha e chocolate do invólucro do Cornetto. E sim, acredito piamente que os adultos que olham para mim de lado, enquanto o faço, estão roidínhos de inveja.


Não há razão para tanto


Um homem disse estar-me eternamente agradecido por eu lhe ter cedido a passagem (pedonal), ainda que estivesse à minha frente. Acho que ele tem um desequilíbrio desmedido-temporal.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

E porque me apetece falar de cinema


I love you Phillip Morris

Realização: Glenn Ficarra e John Requa
Intérpretes:  Ewan Mcgregor, Jim Carrey,
Leslie Mann, Rodrigo Santoro
Comédia/Drama‎‎
EUA, 2009






Baseado no livro "I Love You Phillip Morris: A True Story of Life, Love, and Prison Breaks", de Steve McVicker, que relata a história do intelegentíssimo Steven Russell, nascido em 1957, gay, ex-polícia que se transforma num mestre de fraudes, e que ficou conhecido pelas muitas e diversificadas tentativas de fuga da prisão, I love you Phillip Morris  é uma falsa comédia, do género que nos leva a rir muito no início e, gradualmente, transforma-nos o riso num nó (cada vez mais apertado) no coração. É também uma história de amor, triste e bonita.
Aconselho vivamente, se não por mais, porque vale mesmo a pena ver Jim Carrey, Ewan Mcgregor e Rodrigo Santoro a interpretarem gays. Se ainda não chegar, porque vale mesmo a pena ver o apetitosíssimo Rodrigo Santoro, ainda que ele interprete uma pedra.


Alguém me explica?



A propósito do início, daqui a 2 dias, da Volta a Portugal em bicicleta, gostava que alguma boa alma me explicasse qual é a piada de ficar a ver meia dúzia de homens, com uns calções que não lembram ao menino Jesus, a pedalarem as respectivas bicicletas. 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Hoje sinto-me assim...




R.I.P.


António Feio

(6 de Dezembro de 1954 - 29 de Julho de 2010)


Era Feio de nome e a sua aparência fazia-lhe justiça. No entanto, habituados que estávamos à sua presença, ignorávamos a falta de atributos físicos, suplantada por uma simpática imagem de familiaridade.
Não lhe achava muita piada como actor, confesso. Ria-me muito mais com o seu mais fiel companheiro de palcos e palermices, José Pedro Gomes. Comecei a admirá-lo verdadeiramente a partir do momento em que descobriu que tinha um cancro. Admirei-lhe a coragem e a força, que não sei onde ia buscá-la, as ganas que tinha de viver.
Afirmou há pouco tempo: “ (…) Se há coisa que eu costumo dizer é: aproveitem a vida e ajude-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam e não deixem nada por dizer. Nada por fazer (…)”.
Muito mais do que o actor, homenageio o homem. Que não tenha deixado nada por dizer. Nada por fazer.

terça-feira, 27 de julho de 2010



Por vezes, raras vezes (como hoje), gostava de ter a cabeça formatada segundo os ditames sociais, um robot no meio de tantos outros, que comem e dormem e trabalham e dizem ámen e fodem e voltam a comer e a dormir e a trabalhar e a dizer ámen e a foder e idem aspas, aspas idem. Por vezes, raras vezes (como hoje) seria tão mais fácil assim.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Maratona de Verão












A trilogia policial Millennium, do sueco Stieg Larsson.
Quem já leu diz que é altamente viciante.
 Assim espero.

Constatações CIII



A vontade para trabalhar é tanta que crio posts parvos e desprovidos de qualquer conteúdo para passar tempo. 


Constatações CII



Dan Brown é o James Cameron da literatura.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Missiva ao A.



Achavas que o mundo se ditava pelas tuas regras mas, da forma mais cruel, descobriste (foste descobrindo, lenta e pesarosamente) que o mundo não se deixa ditar.
Achavas que eras imortal. Não o somos todos até ao dia em que morremos?
Tentaste fintar a puta da normalidade com excessivos encontros in(fortuitos) – quantas vezes fingiste o amor?
Acreditaste que a realidade não te doía, não te moía, não te alcançava. Cambaleaste demasiado tempo nessa ilusão.
Compreendeste agora finalmente que estás só como um velho abandonado numa cama de hospital (será que lá estarás um dia?). Compreendeste que não és imortal e que o amor não se finge, não se procura - embora continues a procurá-lo desesperadamente na expectativa de que te acabe essa solidão. Compreendeste que os excessos te escureceram e, ainda assim, repete-los mais do que devias. Compreendeste que a realidade se abate todos os dias sobre a tua cabeça, mal colocas o pé nu no chão.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010






Clicar em cima dos tomates da frase, s.f.f

Carta Aberta

Exmº.s Senhores da Olá:

Sinto-me muito grata por terem reposto o Fizz Limão.
Era só isto.

terça-feira, 13 de julho de 2010

E ainda a propósito do post anterior



(Se calhar as manias passavam)

WTF?

Tenho muitas dificuldades em compreender as pessoas conhecidas que passam por mim na rua e fingem não me conhecer. Mais, revolvem-se-me as tripas. Tenho dois casos exemplificativos. Num deles, a pessoa, de um momento para o outro, deixou de me cumprimentar o que, por vezes, acarreta-lhe grandes dificuldades, ao tentar aparentar que não me vê; resolução fácil: deixei de cumprimentá-la também e a coisa ficou por aí. No outro caso, a pessoa ora cumprimentava, ora fingia que não me via. Com a paciência de santa que tenho, deixei a coisa correr durante uns meses, até que chegou o dia em que a paciência se esgotou e decidi não tolerar mais aquele comportamento ridículo. Na semana passada passou por mim, deu-me um olá e levou com uma cara fechada e trombuda. Recuso-me compactuar com este género de atitude.
O que é que levará (determinadas) pessoas a agirem assim? Se alguém souber que me dê umas dicas, please, que não consigo perceber, juro que não.

P.S.: Não sei se ajuda à explicação, mas estamos face a duas pessoas do sexo feminino.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

E porque me apetece falar de cinema



Realizado por Cherien Dabis em 2009, este filme, com a chancela da Nacional Geographic, retrata a difícil integração de uma mulher palestiniana (Farah Muna) e do seu filho (Farah Fadi) numa preconceituosa América. É uma história simples que nos leva, no entanto, a questionar comportamentos e, não sendo uma comédia, tem momentos muito engraçados. Poderia condensá-la numa palavra: esperança. 




Este é um belo blog

Vale a pena espreitar:


Ensinamentos do Mundial


Ontem o meu homem, enquanto via a final do Mundial, ia dizendo que seca, quando não estava a espernear ou a praguejar. Respondi-lhe às tantas que estes jogos eram quase sempre uma seca: além de demasiado tácticos os jogadores não arriscam, pelo que se tornam jogos de paciência. Ele anuiu, o que me fez sentir uma sábia na matéria.
Não o sou; percebo, aliás, muito pouco da matéria. No entanto, este Mundial aumentou-me um pouco os conhecimentos, a saber:

- Já sei quem é o Freitas Lobo, o Eduardo e o Casillas, e descobri o Didier Drogba, um gigante sexy comócaraças;

- No Quem quer ser milionário – Alta pressão, consegui responder que a Argentina foi a primeira do seu grupo (C, se não me engano);

- Já reconheço o treinador da Espanha (que me faz lembrar o velhote do filme Dennis, o Pimentinha) e consigo distinguir, quase sempre acertadamente, quando é que uma falta não deve ver cartão, ou quando a mesma dá direito a um amarelo ou um vermelho.

Além do mais, passei a acreditar piamente no polvo Paul e, para o final, já estava imune às vuvuzelas. Confesso ainda (não digam a ninguém) que dei por mim a sentar-me no sofá e a ver alguns minutos de jogos que não envolviam Portugal, só pelo prazer de ver jogar. Sou uma mulher nova.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Só mais uma coisinha


O meu Sitemeter pifou de vez quando mudei aqui o template. Ando um bocadinho perdida. Por isso, se não for espreitar o vosso blog mesmo que me visitem muitas vezes, não é por snobismo, é puro desconhecimento.


P.S.: Já criei novas contas mas, para todos os efeitos, não há viv'alma a visitar-me (nem eu própria). Alguém sabe como resolver este berbicacho? 


Pause

Também por falta de vontade (sim, que isto de ter um blog há 5 anos tem de se coadunar com faltas de apetite temporárias para escrever) mas devido, principalmente, ao muito, demasiado, excessivo e desavergonhado trabalho, este canto tem andado para o adormecido.
Só mais um tempinho, estou quase a voltar, sim?  

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Porra, que estão a morrer os bons escritores portugueses!






16 de Novembro de 1922 - 18 de Junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010



Senhores e senhoras que me contactam via telefone por questões profissionais



É favor hoje estarem caladinhos

entre as duas e as quatro da tarde, sim?

sábado, 12 de junho de 2010

Entre parêntesis



(Não sei como conseguiria viver sem ti)




Recordações

A conversa levou-nos até à infância. E recordei os cafés feitos de terra e as refeições - uma mistela de ervas e flores e pedras - servidos em serviços de louça em miniatura e de plástico. Recordei as tardes em que, com muito cuidado, retirava da terra musgo para o presépio. Os passeios de bicicleta. Os pinhões que iam directamente das pinhas para o estômago. A casa que construímos, com uma lareira e tudo, que ficou irrespirável assim que a acendemos pela primeira vez. O saltar à corda e ao elástico, a cabra cega. Os banhos no ribeiro que corria no meio do nada. Os lanches de amoras acabadas de pegar. A descoberta ansiosa e curiosa de lugares inexplorados. O mal-me-quer, bem-me-quer. As chupas compradas no caminho para a escola. As coroas de flores que colocávamos sobre os cabelos sujos. Tempos felizes de ingenuidade e sorrisos fáceis.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Hoje sinto-me assim...



Constatações CI

Uma mulher dá uma volta pela blogosfera e fica abismada com as parvoíces, tontices e idiotices com que se depara.

sábado, 5 de junho de 2010

Excertos


"É extraordinária a forma por que uma pequena cidade toma conta de si própria e de todas as suas unidades. Se cada homem e mulher, jovem ou criança, agir e se conduzir segundo um padrão conhecido e não ultrapassar as barreiras, se não quiser ser diferente dos outros, se não fizer experiências novas, não adoecer e não puser em perigo a tranquilidade e a paz de espírito ou o fluir incessante e ininterrupto da cidade, essa unidade pode desaparecer e nunca mais se fala dela. Mas basta um homem abandonar os conceitos normais ou os padrões conhecidos e seguros para os nervos dos cidadãos vibrarem de nervosismo e a comunicação percorrer todas as fibras nervosas da cidade. Nessa altura, cada unidade está em contacto com o todo."


John Steinbeck in "A Pérola"

sexta-feira, 4 de junho de 2010

R.I.P.

Deixo aqui a minha homenagem a João Aguiar (28 de Outubro de 1943 - 3 de Junho de 2010), escritor, autor de um dos livros mais deliciosos da literatura portuguesa, O navegador solitário, de 1996.
 "O único verdadeiro pecado do mundo terreno é a estupidez. Não podes cometer esse pecado, Solitão. Não hei-de permitir uma traição tão grande e tão feia.
Estás à beira da vitória.
Ter uma vida física liberta de cuidados. Podes saborear o melhor. A beleza, o conforto, os objectos de arte, as mulheres, a comida, os vinhos, ah, Solitão, não podes fazer o que estão a pensar fazer, nunca o permitirei, hei-de quebrar essa decisão e alimentar esse medo, (...)."

Fight Club


Sinopse:

 
Jack vive desesperado por escapar da sua vida monótona, quando conhece Tyler Durden, um carismático vendedor de sabões com uma estranha filosofia. Tyler acredita que a realização pessoal é para os fracos - é a autodestruição que torna a vida merecedora de ser vivida. Pouco depois de se conhecerem, Jack e Tyler lutam no parque de estacionamento de um bar, um espectáculo de violência que lhes dá uma sensação fantástica. Para apresentar a outros homens os prazeres da violência física, acabam por formar um Clube de Combate secreto, que se torna extremamente famoso. Porém, à espera de Jack está uma surpresa chocante.

 
Há filmes dos quais não gostamos, outros de que gostamos mais ou menos, outros ainda de que gostamos muito e há aqueles – raros - que nos deixam boquiabertos.
Fight Club (de 1999, realizado por David Fincher), que já considerei um dos filmes da minha vida, soube-me ainda melhor à segunda vez. Com representações excelentes (especialmente Edward Norton como o insatisfeito Jack, Brad Pitt como o confiante Tyler Durden e Helena Bonham Carter como a louquíssima Marla Singer), Fight Club tem um enredo fantástico, muito por culpa da excelente realização de David Fincher.
Adaptado do livro homónimo de Chuck Palahniuk, é o primeiro caso em que considero o filme melhor do que o livro, algo de muito improvável. E não é pelo livro ser fraco, que não o é, a realização é que é excelente.
Uma obra que me deixou, mais uma vez, presa ao ecrã, numa sensação de crescendo (terminando, ainda por cima, ao som da belíssima Where is my mind de Pixies). No final, tinha tanta energia concentrada, que fui a correr despir o pijama e saí para dançar. Há – raros – filmes assim.



sexta-feira, 28 de maio de 2010

Parece que é desta...





que vou aprender Dança do Ventre.

Iuuuppppiiiiiiii.

Muse


Quem ontem assistiu ao concerto de Muse (que, até há mais dúzia de anos era uma banda pouco conhecida em Portugal), considerou-o excelente, esfusiante, cheguei mesmo a ouvir alguém descrevê-lo como épico. Infelizmente ainda não consegui ver nenhum concerto deles, mas acredito que ainda vou ter esse privilégio.
A revista Rolling Stone considerou que Muse, ultrapassando os U2, é actualmente a banda com o melhor espectáculo ao vivo, algo que considero justo (afinal U2 é muito mais comercial, pop, sendo-lhe bastante mais fácil agradar a gregos e troianos). Além disso, eles são apenas três, e fazem um rock nada simplista, misturado com música clássica e electrónica. A acrescer a tudo isto temos a voz potente e rara de Matthew Bellamy, a cereja em cima do bolo.
Just love it.

quinta-feira, 27 de maio de 2010



Constatações C


Sou uma constatadora nata.

Nervos, muitos nervos!


O ser humano erra, é-lhe natural. Não tão natural é saber que se errou e não corrigir o erro, quando isso é possível. Pior ainda é não fazê-lo para que os outros não se apercebam do erro (grosseiro, no caso), a ver se, de fininho, a coisa passa. Isso já é incompetência.

Na situação concreta o erro não me afecta, mas conheço-o, e não posso fazer nada para o reparar. E isso irrita-me muito, não tanto por nada poder fazer, mas principalmente porque quem pode não quer. É chato, dá trabalho, o que é que os outros iam pensar?

Infelizmente cada vez mais me apercebo que este tipo de incompetência é premiado, o que faz com que quem premeia seja o incompetente dos incompetentes. E eles são muitos e andam aí.

E agora não me ocorre mais nada mas já me sinto melhor. Adaptando uma das frases de Caco Antibes que dizia, com muita graça, detestar gente pobre, afirmo com profunda convicção que detesto gente burra. Não aquela que simplesmente o é, mas aquela que assim se quer manter.

terça-feira, 25 de maio de 2010

XV Gala dos Globos de Ouro


No Domingo lá tivemos mais uma galita. Muito resumidamente direi que foi uma valente cagada, fraquinha, fraquinha. A salvá-la esteve o queridíssimo Artur Agostinho, cujo discurso emocionou grande parte da plateia e a mim também.
Mas como o que realmente interessa são os vestidinhos, aqui vai:


A vestir em caso algum, nunca, jamais: 


Vanessa Palma


Rita Ferro Rodrigues


Sofia Escobar


Paula Taborda


Florbela Queirós



Lindos (uns mais do que outros), mas sempre usáveis:


 
Cláudia Vieira


Francisca Pinto Ribeiro


Ana Mesquita


Raquel Strada


Daniela Ruah


Há coisas fantásticas, não há?


Recebi na 6ª feira passada uma carta que me foi enviada a 17 de Junho de 2009. Sem comentários.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Hoje sinto-me assim...






IT'S SUMMER TIME!!!


(Pelo menos até Sábado)


Constatações XCIX


O meu homem afirmou que o 7 é o número mais fashion que existe. Acho que sou a culpada: até me conhecer nunca tinha sequer ouvido falar do Project Runway; desde aí, tem sido sempre a descer.

Foge Foge Bandido


Fã confessa dos extintos Ornatos Violeta (ai, que saudades que tenho!), não acolhi de braços abertos o mais recente projecto de Manel Cruz (uma voz fantástica e, acho que foi a Mis do Piece by Piece que o escreveu, um dos mais giros feios giros que conheço).
No entanto, acho que se pode aplicar ao Foge Foge Bandido aquela frase de Pessoa que diz que primeiro se estranha e depois... depois vocês já sabem. É diferente, irreverente, acutilante, abusador. Por isso, actualmente em fase de penitência (como pude não adorar logo à primeira? Perdoa-me Manel, que não voltarei a pecar) anda a rodar ininterruptamente nos meus phones. E que bem que sabe.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Acto de Contradição

cai, cai, cai,
a chuva
ai, ai, ai,
as rugas

penso logo
higiénico
um defeito
fotogénico

confessei
os meus pecados
receitaram-me
um acto de contradição

começaram os saldos
mesmo a tempo
agora só me falta
o aumento

os noivos
deram o nó
na
garganta

I.R.S.
Involuntariamente
Rui
Sousa


Autoria: Rui de Sousa



terça-feira, 18 de maio de 2010

Rapidinhas


1. Não quero deixar passar em branco neste blog a morte de Saldanha Sanches, ainda que somente 4 dias após a data. É que gostava mesmo do senhor (e fiquei a saber que ele era casado com a Sô Dona Maria José Morgado, o que nunca me havia passado pela cabeça).

2. Também não poderia ignorar a declaração de Cavaco ao país, no sentido da promulgação da lei que permite o casamento entre homossexuais. Talvez a única vez em que disse algo de jeito desde que ocupa o cargo.


P.S.: É um abuso do caraças colocar Saldanha Sanches e Cavaco Silva num mesmo post. Enfim, por vezes sou dada a irreverências. 

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Da tua ausência

 
 Ter-te ausente é acordar e adormecer com um vazio ao lado. É sentir-te a falta nas conversas, nas viagens, nos momentos de solidão, nas músicas, nas compras. É imaginar-te o sorriso e o abraço. É querer pousar a cabeça no teu colo. É antever-te. É contar os dias ansiosamente. É beijar-te. É saber que está tudo bem mas que não está tudo. É acreditar que foste feito para mim.

Será isto uma falta injustificada?

 
Quase findo o dia de tolerância, ainda hoje não vi o Papa.

Porque é que?


Sempre que vou à terra mãe, àquela que me viu nascer, os meus conterrâneos me perguntam:
- Estás aqui?
Nããããoooo, vocês é que andaram a comer cogumelos mágicos. E nem deixaram nadita para mim.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

E porque me apetece falar de cinema



 

O facto de ver demasiados filmes tornou-me muito crítica em relação aos mesmos o que, se calhar, também terá qualquer coisita a ver com as muitas películas de merda que por aí andam, a encher salas de cinema e cabeças de nada. Por isso, um filme como este, dos fabulosos irmãos Coen, enche-me as medidas e faz disparar o meu acreditanómetro no bom cinema. 
De 2001, este filme a preto e branco cujo título em português foi traduzido para "O Barbeiro", constrói-se sobre uma trama de acontecimentos em cadeia, que frustra por completo as intenções das personagens. Tipo jogo de dominó insensato e maluco.
No final, demorei uns minutos calada, até voltar ao sofá onde me encontrava sentada. E sempre que isso acontece é sinal de que me encontro em fase de degustação. 

 

Há coisas que não mudam

 
MISS YOU (SO MUCH)

Encosto-me à cadeira e, antes de começar a escrever, acendo um cigarro e bebo um trago do Martini gelado. Há momentos que devem revestir-se de alguma solenidade.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Auto-definição minimalista



Wordle: Untitled

Não havia nechechidade... Zzz zzz


Irritam-me sobremaneira as reportagens que têm vindo a passar em crescendo no canal estatal português. Sejam elas sobre a pobreza ou o bullying (que, Eureka, é tratado como um fenómeno novo quando existe desde sempre), a crise ou (ainda) as derrocadas da Madeira, como se já não bastasse a tristeza e angústia associada aos temas abordados, colocam-lhe ainda uma musiquinha de fundo de fazer chorar as pedras da calçada, a apelar à lagrimazinha do povo que, confortavelmente sentado no sofázinho comprado na Moviflor, vai dizendo Que pena, Não sei onde isto vai parar, Coitadinho, com os olhos marejados porque, qual filme, a música potencia sentimentos de pena e compaixão.
Mas será que não basta a verdade crua da realidade? Não será isso só por si emocional quanto baste?

segunda-feira, 29 de março de 2010


 
Há dias em que o sol brilha. Há dias em que saboreio antecipadamente surpresas muito esperadas. Há dias em que não quero largar a tua mão enquanto passeamos calmamente na rua. Há dias em que pego no carro e conduzi-lo sabe-me tão bem como se estivesse a sobrevoar uma paisagem árida e enorme num balão. Há dias em que ouço quase nada do que me rodeia (excepto música). Há dias em que repetimos insistentemente Por acajo num vistes a Sarah Connor. Há dias em que à noite se vai ao cinema. Há dias em que planeamos que roupa louca vamos usar na festa dos anos 80. Há dias que cheiram a Verão. Há dias em que escrevo enquanto devia estar a trabalhar (que se lixe!). Há dias assim.

Constatações XCVIII


Acordo com a notícia dos atentados em Moscovo. Ainda entorpecida, fico mais chocada pelo facto de os mesmos terem sido levados a cabo por duas mulheres suicidas, do que com o número de mortes que dele resultaram - trinta e sete.
(Entretanto os factos já se organizaram hierarquicamente na minha cabeça).

quinta-feira, 25 de março de 2010

Assim torna-se difícil abandonar o tema imbecilidade


Segundo a imprensa, o cardeal Joseph Ratzinger (que é, nada mais nada menos que o Papa Bento XVI), quando presidia à Congregação para a doutrina da Fé, em 1996, e outros membros do Vaticano, terão encoberto os abusos sexuais de um padre norte-americano suspeito de molestar cerca de 200 crianças numa escola para surdos no Wisconsin, segundo documentos eclesiásticos obtidos pelo New York Times.
Ora, como o Papa vem de visita a Fátima (a Igreja Católica até preparou um hino cujo refrão é este belo Bem-vindo, bem-vindo, Pastor Universal! Santo Padre, bem-vindo a Portugal), parecia-me bastante plausível mostrarmos o quão hospitaleiros somos, recebendo-o com dúzias e dúzias de ovos podres e mal-cheirosos. No mínimo.
 

quarta-feira, 24 de março de 2010

E para limpar de vez com a imbecilidade...

Da imbecilidade


Por vezes tento esquecer-me da imbecilidade que nos rodeia - e ela é muita e existe em todo o lado sob variadíssimas formas. Mas quando a imbecilidade ganha a forma de actos palpáveis, que me atingem directa, injusta e prejudicialmente, aí reviram-se-me as vísceras, o que não é nada bom porque, acompanhado desse revolver, chega também uma vontade urgente e incontida de me encher de doces e salgados e tudo o que o colesterol agradece que não comamos.
Agora que, pelo menos aparentemente, dou por saciadas essas necessidades e já consigo analisar as coisas com a frieza possível (e é-me sobretudo difícil conviver com o conceito de injustiça), concluo que este mundo em que vivemos está pejado de actos e pessoas nojentas, cuja asquerosidade se pavoneia há muito (desde sempre?), pelos corredores da rotina.
Depois da fase do choro, da repulsa e dos porquês, agradeço o conhecimento da imbecilidade e do(s) seu(s) autor(es). Porque me levam a querer distância, a procurar soluções que me levem para longe de ambientes assim.
Começo agora a caminhar esse caminho. E talvez um dia, espero, ainda agradeça aos imbecis por isso.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Constatações XCVII


Os lambe-botas estão para mim como a água está para os gatos.
É fugir deles a 7 pés.

Hoje sim, hoje temos um Dia Mundial de jeito


Com tantos Dias Mundiais perfeitamente inúteis, há que celebrar aqueles que assumem considerável relevância, tal como o de hoje, um admirável Dia Mundial do Sono.

Assim, para aqueles que, como eu, adoram dormir, desejo-lhes um óptimo dia e, mais importante ainda, uma longa e serena e profunda e retemperadora e repousada noite de (bom) soninho. Óó.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Este blog está absolutamente apaixonado por isto:



Alguém me explica?


Porque é que, quando falamos com uma pessoa da mesma nacionalidade que a nossa e lhe perguntamos quantas ou que línguas é que fala, invariavelmente, e antes do rol de línguas dominadas, normalmente ela responde "português"? 
É que ainda não tinha dado para reparar...

terça-feira, 16 de março de 2010

Isto sim é uma bela declaração de amor


Jeff Bridges, quando recebeu o Óscar de Melhor Actor, agradeceu à mulher com as seguintes palavras: "És o meu grande apoio. Adoro chegar a casa todos os dias."
Numa época em que as relações são cada vez menos valorizadas, esta declaração é das mais ternurentas que consigo imaginar. Porque ela resume (bem) todo o amor que se tem por outra pessoa. Porque é, de facto, muito bom chegar a casa quando nela também habita a pessoa que amamos. Porque lhe podemos chamar casa.
(Tão simples.)

Como?


O grupo editorial Leya queimou milhares de livros (onde se incluíam autores como Jorge de Sena e Eugénio de Andrade), por não querer suportar o custo com a sua armazenagem, e por não os poder recolocar no mercado (estavam demasiado velhos, estragados e, logo, não tinham já valor comercial). O grupo ainda tentou enviá-los para Timor, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros não quis assumir os custos com o seu transporte. Como a editora também não, toca a queimar tudo que sempre sai mais barato.
A propósito, Miguel Esteves Cardoso (que, como eu, ama os livros) escreveu na 5ª feira passada, no Público, que deseja sinceramente que a Leya se foda.
Subscrevo. Inteira e sinceramente também.

segunda-feira, 8 de março de 2010

E porque esta foi noite de Óscares

É óbvio que uma mulher tem de falar de vestidinhos. Então é assim:


Frio, assim que a modos quase congelado:


GABUOREY SIDIBE
(Não me critiquem que vim aqui parar por acaso)




MAGGIE GILLENHAAL
(Brasil, lálálálálálá, Brasil)




ZOE SALDANA
(My name is Pindérica. Zoe Pindérica)




MARIAH CAREY
(Nota da autora: nada a dizer)


Nem aquece nem arrefece:


KATE WINSLET
(Podia estar um pouco menos deslavada, mas há pior)


KATHRYN BIGELOW
(Estou bem mais gira que a actual do meu ex)


Quente:


DEMI MOORE
(Não me trocava por duas de 25)


CAMERON DIAZ
(Resmas, paletes de bom gosto)