terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Coisas que se aprendem com constipações

Devido a uma grande constipação após ligeiro estado gripal fiquei sem cheiro e sem paladar. Dois dias. Lembrei-me que nunca pensamos nas coisas até passarmos por elas: é-nos tão banal a normalidade do corpo, que só nos apercebemos que bem que ela sabe (a normalidade) quando estamos num estado não-normal. Então, como dizia, dois dias sem cheiro e paladar. Tão estranho!!! Não sentir o cheiro do hidratante, depois do duche, o perfume acabado de colocar... o cheiro do café...
Pior ainda foi a falta de odor aliada à falta de paladar. Comer algo cujo sabor tão bem conheço mas não consigo reconhecer... sabe tão mal...
E faz-me ter ainda mais dificuldades em compreender aqueles que afirmam comer e beber por obrigação: sentar-me a uma mesa, com boa companhia, a degustar um belo jantar, um bom vinho... esse é um dos meus grandes prazeres na vida (que, neste momento, felizmente, já voltei a poder usufruir).

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

E por falar em Natal





Estou com o primeira gripe do ano.

Há coisas fantásticas, não há?

terça-feira, 4 de dezembro de 2007


Os meus passos calcam as folhas secas, coloridas, mortas mas, ainda assim, belas.
Gosto do Outono por isso. Porque a natureza morre para voltar a nascer. Renova-se. Após libertação do que é velho, do que já não importa mais. Sinto-o em mim, como se em mim se transformasse.

Actualidades

José Sócrates defendeu hoje que a Cimeira UE-África já "é um êxito", devido às presenças de Chefes de Estado e de Governo confirmadas.
Melhor ainda, afirmou que vai ser aprovada uma estratégia conjunta, reflexa em parcerias a estabelecer em quatro grandes áreas: paz e segurança, governação e direitos humanos, alterações climáticas e migrações.
Em relação à paz, segurança e, especialmente, direitos humanos, ainda acredito que alguma coisa possa ser acordada. Agora, alterações climáticas e migrações, Sr. Primeiro-Ministro? Onde é que anda com a cabeça?

Stop Aids

















(Roubado ao Zoo)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Então diz que o Natal está a chegar, não é?

E eu, constituindo uma excepção à generalidade dos portugueses, já fiz todas as compras, que coloquei num sofá da sala. Como não tenho o hábito de fazer a tradicional árvore, por não passar as festividades em casa nem ter crianças a exigir-mo, aquele sofá será, até ao final do mês, o Cantinho do Natal.
Olho, procuro, mas não encontro.
Os que me rodeiam parecem-me nus.
De essência e pensamento.

A ver

Serralves fora d'horas

(Às sextas, pelas 23 h, na Sic Mulher)


Apresentado por Ana Mesquita e Júlio Machado Vaz, é um programa onde se fala de sexualidade mas não só.
Na sexta-feira que passou tive o privilégio de "conhecer" Siza Vieira, visto que até aí só lhe conhecia as fotos e a obra. É um senhor encantador, com uma sabedoria e presença cheias de graça. Ficava a ouvi-lo durante horas.
A demonstrar aos Vascos Pulidos Valentes que andam por aí que, mesmo que se seja genial, a humildade será sempre uma virtude.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Leva-me o tempo o trabalho,
muito,
as mil coisas a fazer e a pensar.
Correrias em mim que me cansam e despertam,
correrias tristes,
felizes também,
correrias rápidas que não páram de girar.
Sinto-me a correr.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O bom de ter um MapLoco (aí em baixo ao fundo da página) é que ele me leva a saber que sou lida em locais - que não conheço e me soam a longínquos - tais como: Almancil, Belas ou Linda-a-Velha (em Portugal), ou Pedra Azul, Curitiba, João Pessoa (no Brasil).
Sabe-me bem esta longínqua proximidade.
Obrigada.


"É trágico pensar que alguém pode morrer sem nunca ter ouvido risos -

por isso ri-te agora, mesmo antes de seres feliz, e talvez a felicidade

venha a seguir.”



Jean de La Bruyère

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A Caixa Geral de Aposentações concedeu a reforma a uma professora, vítima de três cancros, e que, no ano passado, esteve a dar aulas por ter sido considerada apta, pelo mesmo organismo. Acho que ela está a pensar em dar uma festa.

Blogolândia


Pérola

Recebi um mail, do Senhor Artur Fritz, directamente na caixa de spam, com o seguinte título: "Your penis is so small you feel like an insect, not a human. To be a man..."
Não tenho nada a acrescentar. A pérola brilha só por si.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Post estúpido

Segundo o Diário Digital de hoje, os efeitos de deixar de fumar começam a sentir-se logo 20 minutos depois do último cigarro. Mas só após 15 anos é que o risco de ter doenças do coração "desce" ao nível de um não-fumador.


Ora, como 15 anos é muito tempo e sou uma rapariga que vive muito o presente, e como só em raras situações é que fumo mais do que um cigarro num espaço de 20 minutos, estou em constante processo de auto-regeneração. E isso deve ser bom.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Post de gaja



(Compra do mês)


Constatações XLI

Estou convencida de que a maioria das pessoas não vive por causa do medo da morte.

Dançar, dançar, dançar

Adoro dançar, movimentar o corpo ao ritmo do que me vai na alma. Por vezes, algumas vezes, consigo libertar-me totalmente do e dos que me rodeiam. São momentos fugazes, que os sinto como próximos da perfeição, independentemente da relatividade do conceito.
Fecho os olhos e sou só eu e a música. E o meu corpo. E o meu eu. E, acontece-me sempre, quando "acordo", rio-me, só eu e a música e o meu corpo e o meu eu, rimo-nos pela satisfação que aquele bocadinho de nada e de tudo me deu.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Amigos gays (XIII)

Um amigo gay leva-me a conhecer o Gaydare. Fez-me lembrar um mercado de carne.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Quando a Elsa se aproximou de mim, a perguntar-me apressada e desajeitadamente porque é que havia pobres que viviam na rua, não tive uma resposta pronta para lhe dar. Poderia ter-lhe dito que o mundo é assim, que para haver ricos que dormem em lençóis de rendas francesas e cetim têm de existir pobres que dormem na escura calçada do chão. Ou que sempre foi assim. Ou que... outra coisa qualquer. Mas a Elsa não ia entender. Porque a Elsa é uma criança e as crianças não percebem porque é que o mundo não é um local onde toda a gente possa ser igual. Além do mais, sentir-me-ia na voz a dúvida de não o saber também.
Perante a minha hesitação, tão sábia na sua ingenuidade, disse-me:
- Deixa lá. Depois pergunto ao meu pai.

Abrir mentalidades

Este anúncio, colocado pelo governo regional da Toscana em jornais e outdoors, e cujo slogan é "A orientação sexual não é uma opção", levou a oposição conservadora a exigir a demissão dos seus responsáveis.
Também o Vaticano veio dizer que "não há necessidade de um anúncio deste tipo".
Pergunto-me porquê. É assim tão difícil aceitar a realidade?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Eu sei que estou a ser mázinha mas...

... por favor, alguma alma caridosa faça aparecer a Madeleine porque já não posso ouvir falar do raio da miúda.

E por falar em sonhos...

Tenho sonhado com desencontros, telemóveis, diálogos completamente desconexos, hotéis, encontros com pessoas que já não vejo há anos, tudo isto a uma velocidade e com uma alternância desconcertante, pelo que só posso concluir que, no meu subconsciente, anda uma grande salgalhada.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Constatações XL

Depois de uma noitada muito longa e divertida, não encontro melhor forma de passar a tarde do que completamente aterrada no sofá, a ver aqueles filmes básicos, com algum humor, e que têm sempre um final feliz.

Hoje sinto-me assim...


Porque é bom sonhar...

Percorro, com normalidade, o dia a dia quando, de repente, as ideias surgem tão claras na minha cabeça que o momento se torna assustadoramente bom. Há pessoas, há situações que me levam a esbarrar com o óbvio; se calhar nem tanto... se calhar é este o momento em que deveria esbarrar com esse óbvio... que andou a fermentar, a crescer, a evoluir. Mas parece-me que o óbvio chegou.
Inicio um processo lento, duro, de entrega e disciplina, amargurado por vezes e, sei-o, enriquecedor. E só por isso valerá a pena.
Começa agora, oficialmente, o meu caminho na conquista de um sonho.
Não tenho escrito muito no blog.


Tenho andado por aí, ocupada...

a viver.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Ir.
Voltar.
Abraçar.
Querer.
Descobrir.
Amar.
Pensar.
Repensar.
Partir.
Viajar.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Hoje sinto-me assim...


Momentos

O sol estava quente, muito quente para um Outono qualquer. Reflectido na água, desenhava linhas de prata sobre o escuro do azul. Lá à frente as casas, graciosas na sua eterna quietude, estavam como que a despertar de uma manhã morna e sombria.
Conversávamos sobre tudo e nada. Depois ficámos calados a deixar aquele belo início de tarde entrar-nos no corpo, expandir-se e ficar.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sem comentários

«Para comemorar as aparições de Fátima e a construção da quarta maior igreja católica do mundo, monsenhor Luciano Guerra resolveu esclarecer o País sobre o que pensa de divórcio, mulheres, violência doméstica e islamismo.
Com toda a serenidade, numa entrevista à NS, o reitor do santuário de Fátima começa por dar uma lição de tolerância: “Veja-se o caso da burka nos países islamitas. É evidente que algumas mulheres (…) se sentem constrangidas, mas haverá muitas que se sentem muito bem por estarem protegidas, por ter sido sempre assim desde crianças.”
Perante a passividade do jornalista, passa para a lição seguinte – a da prova de amor: “Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos. (…) Eu, pelo menos, ser estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amasse verdadeiramente no resto do tempo, achava que [as agressões pontuais não justificam o divórcio.]”
Perante conclusões como esta, é difícil perceber porque é que cada vez mais católicos se afastam da Igreja. Mas também aí o monsenhor tem uma resposta: “Muito por culpa própria, porque se afastaram para caminhos, enfim… para os caminhos do divórcio, da infidelidade, da corrupção …” Tudo, evidentemente, ao mesmo nível.”»


In Editorial da Sábado

Este blog está...



... em fase de encantamento com este cd.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Factos

Num período em que, mais do que nunca, se fala de colesterol elevado, L-Casei Imunitas, produtos light, diabetes, alimentação saudável, aspartame, obesidade infantil, Bifidus activos, calorias, etc., etc., os Lucros da McDonald`s sobem 27%, só neste trimestre do ano.
E de repente chega uma notícia muito bonita... uma

notícia de luz, de paz, de

que pode acontecer, de acreditar.

Choro - compulsivamente - de alegria... é estranho...

normalmente manifesto

alegria a rir...

Sinto o coração lavado.

E tenho um sorriso no olhar.

Constatações XXXIX

Luís Filipe Menezes também constata.

Passagens

"O facto que acabámos de referir é de todo irrelevante para o decurso da trabalhosa história que vimos narrando e dele não voltaremos a falar, mas, ainda assim, não quisemos deixá-lo entregue à escuridão do tinteiro."


José Saramago in

"As Intermitências da Morte"

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Achados

Este é um objecto que serve para massajar a cabeça.

E só aviso que, depois de se experimentar,

é impossível parar de usar.

Genial.

Gostos

Aproveitando a sugestão da
  • Dona-Redonda
  • :

    Gosto de pessoas que aproveitam a vida, sabendo viver.

    Gosto daqueles que sabem rir-se de si próprios.

    Gosto de conversas acesas sobre convicções com quem defende as suas, mas sem cair no radicalismo de pensar que a sua verdade é única e absoluta.

    Gosto de gente (positivamente) louca.

    Gosto daqueles que conseguem dar, sem estar sempre à espera de algo em troca.

    Gosto de gente genuína.

    terça-feira, 16 de outubro de 2007

    Hoje sinto-me assim...


    Isolou-se de todos os que o conseguiriam compreender. E ajudar, se ao menos ele reconhecesse que necessitava de ajuda. Mas não o reconheceu. Talvez devido aos muitos anos de independência (várias vezes sentida como imposta); aos muitos anos a entrar e a sair de casa, da sua casa, silente, morta e fria. Achara sempre que, mais dia menos dia, alguém iria encher aquela casa de luz. Isso não aconteceu.

    Começou a declinar os convites dos amigos: para jantar, para ir ao cinema, para dançar. Desculpava-se com um ligeiro estado gripal, o cansaço do trabalho, a visita que ia receber. Deitava-se, ao invés, no sofá, olhava para a televisão. Desligava a televisão. Ia até ao computador. Saía do computador. Pousava o livro após a leitura de um parágrafo só. Dirigia-se ao armário dos medicamentos. Um Prozac. Não, um só não. Um whisky. Regressava ao sofá e olhava o tecto. Finalmente alguma coisa que lhe agradava observar. O tecto, branco e liso e com sombras. Voava até à infância e criava objectos com as sombras, como gostava de fazer com as nuvens do céu. E assim se deixava ficar. Deixava-se sempre adormecer (naquele torpor).

    Deixou de atender os telefonemas dos amigos. Eram chatos, não gostava de estar com eles, as suas conversas eram fastidiosas. Não queria saber. Passava os dias a sonhar com a noite. A noite, para ele tão quente e aconchegante. De manhã era horrível ter de se levantar. Começou a tomar um Prozac. Era-lhe tão mais fácil...
    As pessoas começaram a notar. A apatia, os olhos vazios esbugalhados, à procura nunca ninguém soube muito bem do quê. Nunca ficaram a saber.

    Uma noite, já perdida a conta aos comprimidos e ao álcool, decidiu que queria ver o mar. E foi, aos tropeções nos seus pensamentos. Admirou-o, belo, com recortes de luar. Huumm, como lhe iria saber bem sentir a água contra a sua pele, gélida e tranquila. Mergulhou.
    Não voltou.

    segunda-feira, 15 de outubro de 2007

    (Anti-) Gostos

    Não gosto de pessoas que passam a vida a falar dos outros porque não querem falar de si.

    Não gosto de me sentir observada, de cima a baixo, para que o que visto, o que calço, a cor que uso nas unhas, os meus ornamentos possam ser perscrutados ao pormenor.

    Não gosto de pessoas que saem sempre à procura de algo mais, o que as impede de se divertirem.

    Não gosto de conversas de chacha nem de quem não tem nada de jeito para dizer.

    Também não gosto daqueles que opinam sobre tudo, mesmo que isso implique não saber do que se fala.

    Não gosto de gente que não é genuína.

    Pois é. Mais uma novidade do mundo SONAE. Agora já é possível utilizar o Cartão Cliente do Modelo e Continente como um cartão de pagamento. Além da adesão ser gratuita, as compras efectuadas podem ser pagas em três vezes, sem juros. E com isto, a maioria das famílias portuguesas vai enterrar-se ainda mais no palavrão chamado endividamento.

    quinta-feira, 11 de outubro de 2007

    Constatações XXXVIII

    Estou com o corpo completamente dorido, consequência de duas horas de ginástica intensa, após ter estado parada uns meses. E sabe tão beeemmm...

    Padrão Burberry

    Vi uma mulher com as unhas
    pintadas assim.
    Medo, muito medo!!

    quarta-feira, 10 de outubro de 2007

    Passagens

    "Poder-se-ia pensar que, após tantas e tão vergonhosas cedências como haviam sido as do governo durante o sobe-e-desce das transacções com a máphia, indo ao extremo de consentir que humildes e honestos funcionários públicos passassem a trabalhar a tempo inteiro para a organização criminosa, poder-se-ia pensar, dizíamos, que já não seriam possíveis maiores baixezas morais. Infelizmente, quando se avança às cegas pelos pantanosos terrenos da realpolitik, quando o pragmatismo toma conta da batuta e dirige o concerto sem atender ao que está escrito na pauta, o mais certo é que a lógica imperativa do aviltamento venha a demonstrar, afinal, que ainda havia uns quantos degraus para descer."

    José Saramago in

    "As Intermitências da Morte"
    Quando nos conhecemos, escolhi-te para mim, imediatamente, inconsequentemente, subconscientemente. Mas não o sabia. Soube-o depois, quando mo contaste. Quando me segredaste esse teu segredo que passou a ser meu também. Porque já era meu e não o sabia.
    A partir daí fomos cultivando segredos. Só nossos. Pequenos tesouros escondidos dos outros. Não por malícia. Não por pudor. Apenas porque há facetas nossas que só mostramos às outras metades de nós.

    terça-feira, 9 de outubro de 2007

    Por que é que?

    Quando estou a terminar de comer o último de 5 quadrados de chocolate é que me apercebo do quão delicioso ele é - o que me obriga a ir buscar mais 5?

    segunda-feira, 8 de outubro de 2007

    Virtualidades

    Conheceram-se pela Internet, num qualquer chat de conversação. Descreveram-se fisicamente, acrescentando-se centímetros e retirando-se gramas, fantasiando sobre a cor dos olhos ou o tom do cabelo.
    Gradualmente, os encontros tornaram-se mais frequentes, as palavras trocadas mais íntimas e, dali a nada, estavam apaixonados.
    Mais umas semanas nisto e decidiram conhecer-se. Marcaram encontro num café.
    Ela pintou o cabelo, ele foi para o ginásio uma manhã inteira. Ela colocou unhas postiças, ele lentes de contacto. E foi naquele café que trocaram o primeiro beijo.
    Começaram a namorar. Estavam juntos às vezes, quando o trabalho o permitia e a relativa distância que os separava se encurtava. No resto do tempo namoravam por Messenger, mail, trocavam fotos e juras de amor.
    Quando fizeram um ano de namoro ele enviou-lhe um ramo de flores virtual.
    Nunca mais a viu.

    "Conta-me como foi"

    Este é o nome da série portuguesa que retrata a vida de uma família lisboeta - a família Lopes -, de classe média baixa, oriunda da província, no final dos anos sessenta.

    Para além da história da família, "acontecimentos marcantes na vida política, social e desportiva em Portugal e no mundo podem ser aqui descobertos, enquadrados com a trama de cada de episódio. Curiosidades, publicidades, programas de rádio e televisão, locutores e apresentadores e as imagens de Portugal em 1968 marcam também presença para serem conhecidos pelos mais jovens e recordados pelos menos novos.
    Apresentam-se na história a evolução da moda, da roupa aos cabelos, as inovações tecnológicas, novos produtos, publicações periódicas, carros e motas... as coisas de um tempo em que telemóveis com máquina fotográfica não seriam mais do que simples alucinação futurista e em que os jovens pensavam no Festival da Canção em vez de em coloridas séries juvenis.
    Conta-me como foi retrata, acima de tudo, o modo de viver e pensar de uma sociedade ainda fechada sobre si, os papéis e as ambições sociais de homem e mulher, de jovens e idosos, os tabus de uma época e a gradual e desconfiada abertura a novas mentalidades."


    Com excelentes actores portugueses, onde destaco Miguel Guilherme e Rita Blanco, a série é imperdível. Aos Domingos à noite, na RTP 1.

    quinta-feira, 4 de outubro de 2007

    Este fim de semana este blog estará assim...



    (Por isso, é favor fazer pouco barulho.)


    quarta-feira, 3 de outubro de 2007

    Será isto o raciocínio lógico-dedutivo?

    1. Ontem, Manuel Pinho, face à questão que lhe foi colocada por jornalistas, relativa à decisão do Supremo Tribunal Administrativo (que mandou desligar a linha de muito alta tensão entre Trajouce e Fanhões, no concelho de Sintra), ignorou-os, dirigindo-se de seguida para um qualquer gabinete.

    2. A revista Sábado desta semana, na reportagem sobre o ministro, refere que "Manuel Pinho é espontâneo, mas a espontaneidade em política é quase sempre um risco. O ministro da Economia tornou-se conhecido pelas gafes, por decretar cedo demais o fim da crise ou anunciar novos postos de trabalho que afinal não eram novos."

    Conclusão: Manuel Pinho é leitor da Sábado.

    terça-feira, 2 de outubro de 2007

    Pergunta difícil

    O que é que é pior: um sítio com boa música e um péssimo ambiente ou um outro com música intragável mas um ambiente aceitável?
    Saía porque isso significava que não ficava em casa. E ficar em casa significava que tinha desistido. De procurar corpos que, como o seu, procuravam corpos. De procurar olhares, insinuações, palavras sussurradas entre dentes que o fizessem sentir-se querido. Atraente. Vivo. De procurar o toque, dissimulado, entre duas bebidas pedidas no bar.
    Saía porque se recusava a (querer) acreditar que a noite já pouco lhe dava. E arrastava-se na ânsia de memórias há muito vividas, há muito perdidas.
    Saía porque o que lhe restava era ficar em casa. Na sua casa, que tão sua a sentia. Mas isso parecia-lhe uma forma de desistir. De se acomodar ao que os dias lhe davam (?). Às noites sós. Lentamente saboreadas, mas sós.
    Saía porque sim. Porque gostava de ser visto, falado, observado. Gostava do cheiro da noite, dos à-vontades inventados por copos e charros.
    De repente, como que apanhado numa bola de neve de nada, deixou de sair.

    sexta-feira, 28 de setembro de 2007

    Sapiência(s)

    «O primeiro grande perigo que ameaça África é o seu isolamento, a sua marginalização, a falta de atenção por parte da comunidade internacional aos dramas e problemas com que ela se debate

    Boutros Boutros-Ghali

    quinta-feira, 27 de setembro de 2007

    Este blog anda a descobrir...








    "É preciso ousar ser o que se é,

    manter-se assim firmemente, e,

    chegado o momento,

    é preciso saber ceder o lugar

    aos novos deuses.

    É preciso saber morrer."



    Gabriel Matzneff

    Etiqueta(s)

    Sou uma rapariga de boas maneiras. A maior parte do tempo. Mas há certas regras de etiqueta que me escapam. Por exemplo, li uma vez que a verdadeira elite social não deseja bom apetite aos companheiros de refeição. Isso é que é chique. Socialmente correcto. Pois bem, transgrido deliberadamente. Não me importo se é ou não socialmente correcto, desejo sempre uma boa refeição a quem me acompanha. Diga o que disser a Srª. D. Paula Bobone, essa ave rara da sociedade portuguesa.
    Outra imposição que me enerva um bocadinho é aquela de não poder pôr os cotovelos em cima da mesa. Está bem, não se deve comer com os braços abertos, a ocupar um monte de espaço. Mas a limitação não podia abranger só um cotovelo? Eu bem que tento, mas sempre que dou por mim estou com o dito apoiado na mesa. E, caso contrário, onde é que o coloco? Como é que consigo fumar convenientemente um cigarro após a refeição? Saboreá-la simplesmente?
    Recuso-me. Não sou facilmente etiquetável...

    quarta-feira, 26 de setembro de 2007

    Constatações XXXVI e XXXVII

    Não nasci, definitivamente, para a bricolage.


    Quando for grande (ou humanamente superior) quero ser como a Alexandra Solnado. Apenas para poder escrever um livro a mãos meias com Deus.

    Viagens gastronómicas

    "La Française" é um pequeno restaurante situado no n.º 15 - A da Praça Velha de Braga. Embora a ementa não seja grande ou variada, arriscamos jantar na esplanada, aconselhados por turistas ingleses que nos diziam ser maravilhoso. E é. Foi maravilhoso pelo prato de crepes recheados de queijo fresco, fiambre, presunto, salmão, acompanhado de uma excelente salada. Pelas deliciosas tartes de framboesas. Pelo excelente vinho tinto. Pela companhia, claro. E pela simpatia da dona, francesa, que, vivendo já há dez anos pelo Ribatejo, decidiu mudar-se para o norte do país. Quer ter um restaurante grande, um dia, mas agora contenta-se com uma amostra de cozinha, que a limita na criação, mas que lhe permite dar a conhecer aos outros refeições como aquelas "que fazia em casa".
    Um mimo.

    terça-feira, 25 de setembro de 2007

    "À prova de morte"
















    Tenho lido e ouvido que esta é uma obra menor do Tarantino.
    Não concordo.



    Regresso ao trabalho

    Estou atrasada. Já são 9h15m e encontro-me ainda no meio do tráfego da cidade. Finalmente consigo chegar ao meu atalho, que é de um sentido só. De um carro parado à minha frente saem as crianças para a escola. Ok. Eu espero! As crianças entram na escola e o carro continua por lá parado. Após uns segundos de espera buzino, até porque bastava encostar um pouquinho para eu poder passar. E o homem, o imbecil, começa a esbracejar e a dizer barbaridades, concerteza, que não o consegui ouvir. Ao que respondi com o meu esplêndido humor matinal propagado pelo atraso. Abstenho-me de dizer como.
    Entretanto sai uma senhora da escola, dirigindo-se para o carro e, ao ver o outro esbracejar, começa a fazer o mesmo. Agora o ridículo da situação faz-me rir.
    Mas na altura não foi isso que senti. Muito bem, pensei eu, começamos muuiittoo beemmm...

    segunda-feira, 17 de setembro de 2007

    Interrupção

    Interrompo as férias por uns minutos. Porque tenho saudades. De escrever. De ser lida. Sobre o que tenho vivido. E o que tenho vivido nem sempre é positivo, mas acaba por sê-lo, não é? Porque o que não mata engorda, dizia a minha avó quando eu era criança. E aprendi, vou aprendendo, vou conhecendo realidades novas e passando por experências novas que, quando regressar, hei-de contar. Partilhar. E, cada vez mais, sinto a partilha como uma das experiências mais bonitas da vida. Um dia escrevo um post sobre a partilha. Mas este não é o momento. Interrompo as férias por uns minutos. Já não. Até já.

    quinta-feira, 30 de agosto de 2007

    Hoje sinto-me assim...


    Quase...

    quase...

    a desligar.

    quarta-feira, 29 de agosto de 2007

    Blogolândia

    Há pessoas que, quando não têm nada de novo para escrever no seu blog, colocam vídeos do You Tube, para encher chouriços.
    Há outras que comentam o que se faz nos blogs alheios.

    segunda-feira, 27 de agosto de 2007

    Ainda sobre cinema

    Geração Fast Food

    Realização - Richard Linklater
    Ano - 2006
    Intérpretes - Ethan Hawke, Greg Kinnear, Catalina Sandino Moreno, Patricia Arquette, Avril Lavigne e Bruce Willis

    Tudo o que de relevante o filme nos dá a conhecer é que os hamburgueres da cadeia Mickey's contêm estrume, e isto sensivelmente nos primeiros 15 minutos. Com matéria-prima bastante para uma excelente narrativa, é difícil compreender porque é que o resultado é tão mau.

    sexta-feira, 24 de agosto de 2007



    “-Nem sequer sei como ser honesto! Talvez por isso goste de metáforas. Porque aquilo que quero dizer... é que há um círculo, teu e da Bea, e eu não estou dentro dele. Mas isso até me dá jeito, porque há uma parte de mim... tão escura... que vê no círculo uma jaula."







    Assalto e Intromissão, filme de 2006 realizado por Anthony Minghella (que já realizou, entre outros, O Paciente Inglês, O Talentoso Mr. Ripley e Could Mountain), é um filme que me fez lembrar o Closer. As situações que acontecem parecem apenas existir para suportar os diálogos, que são fortes, que fogem ao bom senso, alguns deles brilhantes, muitas vezes crus, e as vivências das personagens, conturbadas. No entanto, tem apontamentos de humor deliciosos, levando-nos a rir em momentos um tanto dramáticos. Gostei especialmente da dureza de certas palavras, ditas em tom de monólogo a um interlocutor, como que saídas após se ter vasculhado o lado negro que existe em cada um de nós, e que tantas vezes fingimos não existir, porque é mais fácil assim. Muito bom.

    quinta-feira, 23 de agosto de 2007

    Hoje sinto-me assim...

    Em acalmia


    de a + calmo


    s. f., período de repouso momentâneo que se segue a outro de agitação.

    (...) "Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra? Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer. Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de facto, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias."

    José Saramago in "Diálogos com José Saramago"

    quarta-feira, 22 de agosto de 2007

    Constatações XXXV

    É engraçada a reacção das mulheres (refiro-me, concretamente, a mim e a uma amiga) face a um homem que parece saído de um programa de Photoshop, ou seja, lindo de morrer. Como pensamos imediatamente que vamos ser ignoradas, fingimos ignorá-lo.

    sexta-feira, 17 de agosto de 2007



    E por vezes parece que o mundo nos desaba em cima e tudo se transforma em escuridão. Devagar, bem devagarinho, abrimos os olhos e tentamos acreditar. É difícil, eu sei, mas acredito. Porque o meu amor por ti, M., nos vai salvar.

    Os coitadinhos

    Tenho grandes dificuldades em lidar com coitadinhos. Por exemplo, o rapaz que perdeu a namorada, porque para ela as coisas acabaram, e fica a remoer insistentemente nas palavras de amor ditas enquanto tudo era um mar de rosas, a perguntar-se porquê, a deixar-se ficar naquele estado de podridão da alma, que era tudo tão bom, que nunca mais vou voltar a amar, nunca mais isto, nunca mais aquilo.
    Ou a rapariga que ficou desempregada - e compreendo bem a frustração que é o desemprego - e fica em casa à espera que o telefone toque, enquanto o resto do tempo é passado a ter pena de si própria, e de porque é que eu sou uma vítima da sociedade, e olha-se para ela e parece estar às portas da morte.
    São situações difíceis, é certo, e cada um tem diferentes formas de reagir e de ultrapassar. Ou de lutar. Mas enerva-me esta falta de amor próprio. Para mim, é apenas disso que se trata. E quando me procuram, qual psicóloga, para comigo desabafarem, porque acho que tenho o dom de realmente ouvir as pessoas, tento dar-lhes força. Ânimo, porque o caminho se faz para a frente. Mas não consigo manter este discurso por muito tempo quando continuam a falar no que foi e no que poderia ou deveria ter sido. Aí, só me apetece dar um par de estalos e gritar: Acorda!!!
    Normalmente tenho a lucidez de não o fazer. Desligo, simplesmente.
    É muito difícil ajudar alguém quando esse alguém não quer, verdadeiramente, ser ajudado.

    A minha inteligência

    Segundo a revista Sábado da passada semana a minha inteligência é predominantemente verbal-linguística, o que significa que tenho "habilidade em lidar com a linguagem falada e escrita, trabalhar bem com as palavras, compreender e transmitir ideias com facilidade."
    Como já desconfiava, a minha inteligência espacial-visual é a mais limitada. Já me tinha apercebido disso há uns anos, nomeadamente pelo facto de não ter noção de distâncias, de ter dificuldades em situar-me no espaço, não conseguir decorar facilmente um trajecto numa grande cidade, ou apenas reparar, por exemplo, na existência de um edifício, após já ter passado naquele mesmo lugar cerca de 20 ou 30 vezes.
    Não se pode ser perfeita...

    sexta-feira, 10 de agosto de 2007

    Genialidade
















    ALMADA NEGREIROS

    (1893 - 1970)

    Pintinho

    Da entrevista dada ontem por Pinto da Costa à SIC Notícias fica-me a impressão de um homem muito inteligente, com grande sentido de humor e de crítica, e uma personalidade altamente envolvente. Quase me conseguiu convencer de que é o exemplar perfeito de um bom pai de família.

    quinta-feira, 9 de agosto de 2007

    Da série: Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro

    Por vezes cometo gaffes que não lembram a ninguém. Mas são gaffes ingénuas, sem qualquer tipo de maldade ou intenção, só me apercebendo delas depois de as ter dito.

    Há uns tempos, de um encontro fortuito com uma miúda que conheço mal - bastante mal mesmo - surgiu uma espécie de convite para o seu aniversário. Ficou aquela coisa do tipo: depois ligo-te para te dizer o local e a hora, etc., etc. O que é facto é que a rapariga fez anos, festa, e não fui convidada. Dois ou três dias depois, encontro-a numa esplanada. Beijinho, beijnho, aquela conversa de circunstância, e pergunta-me ela: Não queres sentar? E eu, imediatamente: Não, obrigada. Já estou em cima da hora para ir trabalhar e ainda tenho que passar ali numa loja para pegar uma prenda de aniversário. O sorriso amarelo dela fez-me aperceber imediatamente que tinha dito asneira. Mas era verdade!!!

    Ontem encontro outra rapariga, irmã de amigas, que já não via há muito tempo. Beijinho, beijinho, aquela conversa de circunstância, olho para o colar que ela usava e digo instantaneamente: O teu colar é lindo! Mal acabo de proferir estas palavras mágicas, apercebo-me de que aquele colar era meu. Tinha-o perdido não sabia onde. Agora já sei. Ficou esquecido em casa das minhas amigas, irmãs da detentora do MEU colar. Não consegui perceber, através do seu sorriso amarelo, se ela sabe que aquele era o MEU lindo colar, oferecido por uma grande amiga. Mantive-me em estado de choque dissimulado durante, pelo menos, meia hora. Depois acabei por esquecer...

    Coisas de gaja

    Hoje tive uma manhã maravilhosa. Não, não estive numa praia paradisíaca a apanhar sol e a beber piñas coladas; não, não passei a manhã numa tórrida sessão de sexo; não, não fui para um spa ser coberta de pastas de sabe-se lá o quê seguida de uma profissionalíssima massagem. Fui às compras.

    quarta-feira, 8 de agosto de 2007



    Este blog fez 2 anos há quatro dias...

    ... e eu nem me lembrei.

    (P.S.:Começo a perceber porque é que

    ainda não sinto o famoso instinto maternal.)

    Entraste-me na vida sem pedir. Inundaste-a de serenidade e de alegria e saudade. E de amor. Encheste-me de amor. E de dúvidas sobre como, quando, porquê.
    O tempo passou, com os seus dias escorridos, rápidos, idos. Com momentos lindos, só meus e teus e nossos. Com altos e baixos. Com discussões e lágrimas também. Com tudo aquilo que faz uma determinada relação ser especial. E fizeste (continuas a fazer) sentir-me especial. Levaste-me, puxada pela tua mão, a acreditar no sempre, aquele das narrativas de encantar, que por vezes pensamos só existir nos livros. Velhos e gastos, de tantas vezes por tanta gente lidos na esperança do acontecer.
    Lembras-te das nossas conversas sobre o futuro? Das viagens, da ternura de quem já quase tudo viveu, dos filmes, músicas e livros partilhados? Dos passeios a olhar o mar? Dos abraços que nos tornam apenas em um? Do doce enlaçar dos corpos na nossa cumplicidade tão facilmente construída?
    Lembras-te, eu sei. Sente-lo tal como eu.
    E o tempo que passou parece não ter passado. Olho-te e vejo-te como na primeira vez.
    E podia dizer agora que te amo, como nunca pensei possível ou real. Mas não o direi. Porque há palavras desnecessárias quando sentes o meu olhar.

    quinta-feira, 2 de agosto de 2007

    Perguntinha após pequena divagação

    O Messenger é uma excelente forma de comunicação. Desde logo porque é gratuito. Permite-nos "falar" com pessoas com as quais, de outra forma, não o faríamos, pelo menos tão amiúde. Em certas situações pode substituir o telemóvel (embora se perca autenticidade). Então, porque raio é que existem pessoas que teimam em utilizar o Messenger para enviar, a meio de cada frase, ou mesmo palavra, bonecos completamente despropositados? Será uma espécie de zoo particular?

    Hoje sinto-me assim...

    EM LIBERTAÇÃO

    quarta-feira, 1 de agosto de 2007

    Correcção à última constatação:

    Detesto quase toda a gente que está a ir de férias.

    Vá lá, desculpem-me o exagero.

    Tributo

    Lembro-me de certa vez em que uma colega de liceu me disse, do alto dos seus 16 anos: "Se a vida já é uma seca com música, imagina-a sem ela!".
    Ultrapassando o pretenciosismo da frase, pela falsa vivência que lhe permitisse discorrer sobre a seca da vida, aquilo ficou-me. E às vezes lembro-me desse momento e dessa frase.
    Transmite-nos paz ou energia ou extâse, ou vontade de dançar e cantar e pular.
    Sem música não existiriam concertos. Não existiriam momentos mágicos que só acontecem assim. Não existiriam canções que sinto como feitas para mim.
    Por isso, este é um tributo, meu e sentido, à música. De todos os géneros. Porque sem ela a vida seria uma grande, grande seca!

    Constatações XXXIV

    Detesto toda a gente que está a ir de férias.

    sexta-feira, 27 de julho de 2007

    Eu quero ir ver




    Mas o que é que se passa?

    Será que o Simão Sabrosa ganhou um Nobel

    e eu não soube de nada?

    terça-feira, 24 de julho de 2007

    Coisas da Profissão

    Estou a trabalhar em conjunto com uma colega, numa tarefa urgente, que me está sempre a dizer que não sabe se conseguimos terminar a horas.
    Pensei em perguntar-lhe se ela já experimentou executar o trabalho, de forma contínua, durante 5 minutos sem falar. Mas isso era tema de conversa para, sensivelmente, 3 horas.
    Acabei por desistir.

    sexta-feira, 20 de julho de 2007

    Hoje este blog...



    ... encontra-se neste estado...

    Enfim...

    De acordo com o Diário Digital de hoje, o INEM recebeu, no ano passado, 24 mil chamadas falsas, o que motivou a saída de 9 mil ambulâncias.
    Ora, dividindo as 24 mil chamadas por 365 dias chega-se a uma média aproximada de 66 chamadas por dia.
    Fiquei chocada. E envergonhada. Como é possível que existam tantas pessoas com um concentrado tão grande de estupidez no cérebro?
    Um conselho: que tal tornar a brincadeira um pouco mais realista? Um corte nos pulsos ou um tiro na cabeça era suficiente.

    Constatações XXXIII

    Esta foi uma semana de novidades, reencontros, festejos, viagens, conversas, vinho fresco à beira-mar, trabalho, risos, confissões, surpresas, desgaste, abraços...
    Tudo isso explica o cansaço sentido no corpo.
    Preciso de dormir.

    quinta-feira, 12 de julho de 2007

    Banda sonora da semana




    A(mar)

    Caminhei sobre as pedras da calçada, já tantas vezes pisadas pelo tempo, pelas gentes, pela chuva e pelo sol.
    E estava sol, naquele final de tarde em que pensava, melancólica, na vida, vivida e minha.
    Escolhi uma esplanada em frente ao mar. Porque o mar tem sempre esta capacidade de me amenizar os sentidos, acalmar ondas turbulentas que, por vezes, me rebentam, espumosas.
    E deixei-me assim ficar durante muito tempo. A deixar o azul profundo invadir-me, hipnotizar-me com o seu poder, com o seu ir e vir, ir e vir, ir e vir...
    Largos minutos depois (ou terão sido horas?) sentia-me calma, apaziguada.
    Voltei para casa pelas mesmas pedras da calçada, pisadas pelo tempo, pelas gentes, pela chuva e pelo sol. O céu escurecia em tons laranja e rosa. Podia voltar. À minha doce vida, vivida e minha.

    quarta-feira, 11 de julho de 2007

    "Só quando tiver 70 anos

    é que vou tocar e cantar em casinos e hotéis."

    Jorge Palma in Diário de Notícias

    segunda-feira, 9 de julho de 2007

    Constatações XXXII

    Parece que começou, oficialmente, a época de fogos deste Verão.

    Hoje sinto-me assim...


    Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh*

    (* Será que posso tirar uma semana de férias da vida adulta?)

    A Vela

    Este fim de semana, enquanto passeava, vi uma situação que me levou a recordar tempos já antigos. Num muro à beira-mar, estava sentado um jovem casal de namorados, ora aos beijos, ora aos abraços, ora em carinhos e carícias, ora em sussurros ao ouvido seguidos de risinhos contidos e tímidos. Até aqui, tudo normal. Mas, ao lado do casal de enamorados, lá estava esta ilustre figura de que já não tinha memória: a chamada "vela". Neste caso, um rapaz, talvez amigo do elemento masculino do casal, que olhava para o mar, para as pessoas que passavam, para o céu e, por vezes, espreitava pelo canto do olho para ver os beijos, enquanto rezava, digo eu, para que o casalinho se despachasse ou, então, lhe arranjasse uma moça para igual relacionamento.
    Não consegui conter um sorriso, de memórias quase esquecidas, de quem já passou pelo mesmo. Nas duas variações.

    sexta-feira, 6 de julho de 2007

    - O que esperas?

    - Que Deus me devolva a minha vida.

    quarta-feira, 4 de julho de 2007

    Constatações XXXI

    Pior do que ter de aturar o meu mau humor matinal
    é ter de aguentar o mau humor matinal dos outros.

    Genialidade

















    AMEDEO CLEMENTE MODIGLIANI

    (1884-1920)