Sou uma rapariga de boas maneiras. A maior parte do tempo. Mas há certas regras de etiqueta que me escapam. Por exemplo, li uma vez que a verdadeira elite social não deseja bom apetite aos companheiros de refeição. Isso é que é chique. Socialmente correcto. Pois bem, transgrido deliberadamente. Não me importo se é ou não socialmente correcto, desejo sempre uma boa refeição a quem me acompanha. Diga o que disser a Srª. D. Paula Bobone, essa ave rara da sociedade portuguesa.
Outra imposição que me enerva um bocadinho é aquela de não poder pôr os cotovelos em cima da mesa. Está bem, não se deve comer com os braços abertos, a ocupar um monte de espaço. Mas a limitação não podia abranger só um cotovelo? Eu bem que tento, mas sempre que dou por mim estou com o dito apoiado na mesa. E, caso contrário, onde é que o coloco? Como é que consigo fumar convenientemente um cigarro após a refeição? Saboreá-la simplesmente?
Recuso-me. Não sou facilmente etiquetável...
4 comentários:
Também ouvi isso e também transgrido :)
Isso do bom apetite é uma estupidez. Por acaso não costumo desejar (em primeiro, só como resposta), mas não vejo qualquer mal em desejar.
Quanto aos cotovelos, depois de terminar a refeição, também não vejo o mal em apoiá-los...
Beijo.
É que fumar, hoje em dia, não é nada chique, pelo contrário, é bem brega, eheh.
A educação que importa é a do coração. "Educá-lo" a ter os sentimentos certos. A desejar bem aos outros, ser-lhes sensível, à sua diferença e ao seu bem estar. Desejar sinceramente o bem no mundo.
Depois disso podemos inventar as nossas próprias regras. Serão sempre boas regras.
Quem inventou as regras de etiqueta sofre do problema de não saber estar, que teve de resolver "legislando".
Por mim cada um pode fazer o que quiser à mesa, desde que não me arrotem na cara (o que por sinal naslguns países é normalissimo).
Postar um comentário