segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Pós-Natal

Gostava imenso de escrever sobre o meu Natal, divagar acerca das emoções, enfim, perder-me em considerações várias sobre o assunto!
No entanto, tenho dificuldades em estar sentada nesta cadeira frente ao monitor, devido às 1143 variedades de doçaria que tenho continuamente degustado.
Assim, ao invés, vou ali fora correr 20 kms e já volto!

A noiva cadáver II

O filme é lindo! Adorei...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

O tempo que passa não passa depressa.

O que passa depressa é o tempo que passou.

Virgílio Ferreira

A noiva cadáver



Estreia hoje o novo filme de Tim Burton, a "Noiva Cadáver", que já antecipo como um dos melhores filmes do ano. Espero...
É a história de Victor, um jovem que vai parar a um mundo subterrâneo povoado por mortos, onde tem de casar com uma noiva morta!
Os "actores" principais têm a voz do eterno-actor-fétiche do realizador, Johnny Deep, e de Helena Bonham-Carter. Aliás, as semelhanças dos noivos com os actores reais são óbvias!!
Mais um grande filme deste Tim maravilha, ideal para crianças e imperdível para os adultos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

HOJE O MEU CORAÇÃO

ESTÁ PREENCHIDO

POR TODAS AS CORES.

A VIDA NÃO CHEGA

Dois lírios sobre a mesa
Uma janela aberta sobre o mar
Trago em mim a certeza
De quem espera p´lo teu voltar

Um cheirinho a café
Fotografias caídas pelo chão
E no ar uma canção
Traz-me uma recordação

Tenho um poema escrito
Guardado num lugar perto do mar
Tenho o olhar no infinito
E suspiro devagar

O tempo aqui parou
Desde que te foste embora
Só a saudade ficou
Já não aguento tanta demora

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E tanto para te dar
Que a vida não chega

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E sei que vou te amar
Para a eternidade…

Viviane

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

O meu tributo de hoje vai para...


MUSE

Não é preciso justificar porquê.

Basta ouvir. Percebe-se imediatamente.

Amigos gays IV

Farto-me de rir sempre que, em conversa com a A., nos lembramos que o L., um dos nossos amigos gays, se emociona até às lágrimas em todas as despedidas, ainda que a pessoa que se ausenta regresse 2 semanas depois, e seja a prima da cunhada!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005




Divago por entre as ondas da vida.
Ao seu ritmo.
Que condiciono pelo meu.
Esquivo-me. Escondo-me.
Apareço nos momentos menos esperados.
Cheia de força. De vontade de surpreender.
Deixo-me levar.
Levo comigo de mão dada.
Vivo. Morro. Desmaio. Acordo.
E, ciclicamente, tudo volta a acontecer...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Round 1

Manuel Alegre - 1

Mário Soares - 0

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Teste

Não gosto de pessoas graxistas (ou seja, aquelas que perante os superiores, vão amaciando tudo para conseguir os seus intentos). Como ainda há pouco tive de assistir a uma cena altamente graxista, que me irritou um pouco para quem ainda está a meio da manhã, decidi que o meu comportamento será ditado por uma votação.
Assim, pergunta-se:

O que faço a esta pessoa graxista?

a) Atiro-a pela janela do 1º andar;
b) Mando-a dar uma volta ao Bilhar Grande;
c) Atiro-a pela janela do 4º andar;
d) Pergunto-lhe se precisa de produtos próprios para o efeito;
e) Outro (especificar, s.f.f.);

Nota: O resultado deste teste será efectivado na próxima 2ª feira, dia em o mau-humor me ataca pela manhã, só desaparecendo a partir das 15 horas.

P.S.: Agradeço desde já pela participação.

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

"Nãorazão para termos medo das sombras.

Apenas indicam que em algum lugar próximo

brilha a luz."

Ruth Renkel

Banalidades anormais

Hoje fui a uma loja fazer compras. Até aqui nada de mais.
No entanto, e depois de pegar naquilo que queria, dirigi-me ao balcão para pagar. Enquanto espero a minha vez, vejo uma caramela a tentar passar-me à frente (tentando ganhar, assim, talvez 1 minuto, 3 segundos e 7 centésimos do seu, aposto, precioso tempo!!). Claro que, quando a engraçadinha se prepara para pagar, ouve um 'Com licença, eu estava primeiro!'.
E lá fica ela com cara de amuada à espera da sua vez.
Ai, irrito-me tanto com esta falta de educação e de respeito. Mais uma das características que denuncia (a falta de) civismo das pessoas.
Antigamente, recordo-me de ver as pessoas a esperarem pela sua vez e, se estavam em vias de ser atendidas antes, por erro do(a) funcionário(a), diziam que não eram elas. Era X. Eu continuo a agir assim. Mas vejo a maioria a agir no sentido oposto. E, nos últimos tempos, isto tem-me acontecido com bastante frequência, o que me faz questionar se serei eu que ando com mais azar ou se, pelo contrário, é a tendência do desrespeito a subir...
O que me leva, consequentemente, a perguntar: aonde é que vamos parar?

Amigos gays III

O bom de ter amigos gays passa também pelo facto de poder falar com eles sobre as minhas idas ao ginásio, as modalidades que pratico, os exercícios que concretamente faço, etc., etc.
E, ainda por cima, entendem o que sinto quando falto a uma aula por pura preguiça.
O bom de ter amigos gays é que posso falar-lhes abertamente do que sinto, dos meus medos, desejos, ânsias, sem ter medo de que eles possam utilizar isso para, mais tarde, me tentarem seduzir. É quase como falar com uma amiga, com a diferença (positiva, quanto a mim) de que se trata de um homem.
O bom de ter amigos gays é que eles perguntam onde é que comprei aquele casaco, o top, a pulseira. E dizem-me que estou bonita, ou feminina, ou sexy. Coisa que é muito mais difícil ouvir de uma amiga-mulher (há sempre, ainda que inconscientemente, um sentimento de inveja entre as mulheres que não lhes permite, maioria dos casos, dizer a outra que ela está bonita, de uma forma sincera).

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Hoje seria um dia perfeito para...


Me

perder

por

aqui...

Aqui...


Ou

ainda

aqui...
Telefonas-me.
Falas-me de ti, de sonhos, projectos, quereres.
Divagas por entre o que te apaixona, por entre o que te dignifica.
Caminho contigo pelas ruas da tua vida, que são também as minhas.
Sinto-te tão nós... Sinto-me tão tua...
E, antes de desligares, emociono-me com as tuas palavras...
com a tua protecção... num suave sorriso sentido.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005


"O talento é feito na solidão;


o carácter, nos embates do mundo."



Goethe

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

O meu tributo de hoje vai para...


GREEN DAY

Porque quando ouço, pelo menos, duas das suas

músicas (principalmente Basket Case mas também,

mais recentemente,

Wake me up when September ends), esqueço

onde estou e com quem estou...

Fecho os olhos e deixo o meu corpo

dançar livremente ao som

da boa onda que sinto...

Do you have the time to listen to me whine

About nothing and everything all at once

I am one of those

Melodramatic fools

Neurotic to the bone

No doubt about it

Sometimes I give myself the creeps

Sometimes my mind plays tricks on me

It all keeps adding up

I think I'm cracking up

Am I just paranoid?

Or am I just stoned

I went to a shrink

To analyze my dreams

She says it's lack of sex that's bringing me down

I went to a whore

He said my life's a bore

So quit my whining cause it's bringing her down

Sometimes I give myself the creeps

Sometimes my mind plays tricks on me

It all keeps adding up

I think I'm cracking up

Am I just paranoid?

Uh,yuh,yuh,ya

Grasping to control

So I better hold on

Sometimes I give myself the creeps

Sometimes my mind plays tricks on me

It all keeps adding up

I think I'm cracking up

Am I just paranoid?

Or am I just stoned

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

As surpresas inesperadas sabem tão bem...

Esta tarde, ao voltar ao trabalho depois do almoço, deparo-me com uma comunicação superior: as minhas férias de Natal serão acrescidas em 4 dias. Huummm... E se imaginassem as linhas travessas pelas quais isto andou até me surgir este presente!! Uma surpresa completamente inesperada...
Estou tão feliz!!
Por isso, mais uma vez repito: Adoro o Natal!!

Já te disse hoje, amor,


que o meu mundo é o teu mundo,


e foi feito por nós?



P.S.: Se não o fiz, já deveria tê-lo feito.

A esta hora não sai nada melhor

Quatro e meia da manhã.
Chego a casa, depois de uma noite de rock, que me faz ter presente quem eu sou.
Quem nunca deixei de ser, apesar de tudo o que me tenta distrair.
Da realidade... ou talvez não.
E é bom sentir que, apesar de me pretenderem provar o contrário, o rock não morreu. Nunca morrerá. pelo menos no meu coração... (e também no meu corpo, que ganha vida própria e extravaza a mente que nele existe).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005


PoRqUe EsToU CaNsAdA...

PoRqUe QuErO

Ir De FiM dE SeMaNa...

AaAaaAaaHhHhh!!!

Esquecer Alice

Desde que vi este filme, do realizador português Marco Martins, que tento esquecê-lo.
Tento, escrevendo, fazer com que me desapareça este aperto que sinto no peito.
Esquecer a agonia, que me vem à memória, patente nos olhos do protagonista (interpretado por um Nuno Lopes divinal).
Esquecer o vazio da alma de quem tudo (ou quase) perdeu.
E não voltou a encontrar.
Mas não consigo.
Acho que por uns tempos não vou esquecer esta sensação de sofrer por algo pelo qual nunca sofri. Esta impotência de nada conseguir mudar.

Descubro que não há nada melhor para

desbloquear a inibição perante o papel

do que um copo de vinho tinto.

Devidamente saboreado.

Proximidades

Como um pé amarrado não pode ir muito longe, convido os pés sãos para virem até minha casa.
Jantar com a A. e os pais, que são quase tão meus amigos quanto a sua filha.
Um bom vinho, uma boa conversa, um bom jantar, risos, uma suculenta sobremesa, banalidades também.
Depois os pés mais velhos vão para casa e os meus ficam com os da A., a segredar partilhas regadas a AM-FM.
O quentinho da sala acomodado nos nossos sorrisos de cumplicidades e afinidades...
E depois fico. Aninhada no sofá com o meu bloco de notas, a sede apagada em suaves goles, e a companhia de quem eu amo.
É tudo o que preciso.

quarta-feira, 30 de novembro de 2005

E porque hoje faz 70 anos que Pessoa morreu...

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: «Fui eu?»
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

E ainda falta 1 mês

Ainda é cedo, mas devo confessar que gosto do Natal.
Não do consumismo desenfreado, mas sim das ruas iluminadas. Do cheiro a castanhas. Das pessoas apressadas e curiosas. Do sorriso das crianças. Do antever a lareira acesa no calor da nossa casa. Da troca de lembranças com quem gostamos. Do frio natalício. Dos pinhões. Do vinho doce. Do Pai Natal.
E acho que, basicamente, é por isso. Ponto final.
Gosto do Natal.

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

La mala educatión


Homossexuais, travestis. Manipulação.
Padres pedófilos.
Mentiras. Assassinos.
Incertezas. Dependências.
São os principais ingredientes deste filme,
bem ao estilo Almodóvar.
Eu gostei.

sexta-feira, 25 de novembro de 2005



"A dança

é

o corpo

tornado poético."

Ernest Bacon



2005/11/23

9h: Vejo-me sentada numa cadeira das Urgências de um hospital devido a um entorse no pé.

10h20m: Sou atendida por um médico, simpático, é certo, mas um pouquinho louco. E apressado.

10h30m: O Doutor já analisou o meu caso e prescreveu a receita.

11h: Na farmácia, diz-me o farmacêutico: - Oh menina, o Doutor receitou-lhe Valium - 10 mg, meio comprimido quatro vezes ao dia. Mas acho melhor que tome apenas metade antes de dormir porque, caso contrário, vai passar o dia a dormir. Profundamente...

13h: Em conversa com uma amiga, pergunta-me ela quem foi o médico que me aviou (esta expressão mata-me!!!). Foi o Dr. Qualquer Coisa Rodrigues. Carlos Andrade Rodrigues*??!?? Sim, sim, é esse. Mas ele é psiquiatra!!! Psiquiatra??? Deve ter sido por isso que me receitou aquela quantidade de Valiuns!!! Devo ter sido confundida com uma das suas pacientes.

23h30m: Tomo 1/4 de Valium. É melhor jogar pelo seguro e não exagerar.

24h: Dá-me uma sonolência absurda.

24h01m: Apaguei. Boa noite para vocês também.


* Nome fictício. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

terça-feira, 22 de novembro de 2005



Porque é

tão difícil

simplificar?

Fim

Voltei da viagem que fiz a S. Tomé e Príncipe, levada por um barco com o nome de Equador.
Conheci África do início do século passado, sem nunca lá ter estado. Senti-lhe os cheiros, a beleza, a distância.
Vivenciei os meandros da política, hipócrita. Tal como agora, cem anos depois.
Caminhei com o protagonista por entre as suas guerras desiguais. E compreendi-o... tanto e tão bem...
Sofri com os escravos de Portugal. Com a sua dor, com a injustiça. Que continua a viver e a sobreviver.
Chorei no final.
Senti saudades do seu início.
Sorri, não obstante, pela capacidade que os livros têm de nos fazerem ver mais além.
De nos levarem a transcender o corpo numa busca de renovação. De mutação.
Obrigada ao autor.

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

"Não há amigos,

apenas há momentos de amizade."

Jules Renard

Neste momento de solidão, quebrado apenas pelo vento que corre lá fora, pergunto-me o que é que a vida me reserva. Se é que me reserva algo. Ou se serei eu que a surpreendo sem que ela, dura e veloz, tenha tempo de reagir.
Questiono tudo. Questiono tanto...
Porque, neste período conturbado, de tão dura luta, não consigo chegar à verdade. Chegar aos porquês. E são os porquês que me movem.
Vivo num presente que anseia por respostas.
Sem me conformar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Passagens

"-Eu? Eu não tenho planos de nada. Aprendi a não ter planos de nada. Deixo correr as coisas. Vivo os dias, um de cada vez. Assim há sempre dias tristes e dias felizes. Se planeasse as coisas, e os meus planos não dessem certo, todos os dias seriam tristes."


Miguel Sousa Tavares in Equador

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Acerca do post anterior resta-me acrescentar que...


Não é justo fazer-se este tipo de comparações.
Não subestimem, por favor, a inteligência dos macacos.

Macaquices

Dias normais num país surreal

O principal arguido do processo (de que já não aguento ouvir falar) Casa Pia, Carlos Silvino, vai ser libertado a 25 de Novembro, data em que expira o prazo legal da prisão preventiva (três anos).

Uma constatação: E assim continua o nosso país...

Uma pergunta: Se em Portugal se cometem tantas ilegalidades, porque é que não se acrescenta uma à lista e se deixa o homem por lá mais uns tempos? É que assim ele estaria mais seguro, e seria desnecessário estar a pagar a 3 ou 4 polícias-segurança para o protegerem 24 horas por dia!

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

O meu tributo de hoje vai para...



DAVID BOWIE

Porque a Space Oddity é tão linda

que deveria ser considerada

Património Mundial.


Ground control to Major Tom

Ground control to Major Tom

Take your protein pills and put your helmet on

Ground control to Major Tom

(10, 9, 8, 7)

Commencing countdown, engines on

(6, 5, 4, 3)

Check ignition, and may God's love be with you

(2, 1, lift off)

This is ground control to Major Tom,

You've really made the grade

And the papers want to know whose shirts you wear

Now it's time to leave the capsule if you dare

This is Major Tom to ground control

I'm stepping through the door

And I'm floating in the most peculiar way

And the stars look very different today

For here am I sitting in a tin can

Far above the world

Planet Earth is blue, and there's nothing I can do

Though I'm past 100,000 miles

I'm feeling very still

And I think my spaceship knows which way to go

Tell my wife I love her very much, she knows

Ground control to Major Tom,

Your circuit's dead, there's something wrong

Can you hear me Major Tom?Can you hear me Major Tom?

Can you hear me Major Tom?

Can you...

Here am I floating round my tin can

Far above the moon

Planet Earth is blue, and there's nothing I can do....

"Não existe o esquecimento total:

as pegadas impressas na alma

são indestrutíveis."

Thomas Quincey

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Hoje apetecia-me passar a tarde assim...


Enrolada no quentinho de um cobertor,
a admirar a beleza das chamas.
A beber um chá,
por entre páginas de um livro.
A dormitar.
A ter-te ao meu lado,
enroscado em mim.
E mais não digo...

Para a A.

Fiquei surpresa. Depois do baque inicial a que aquela conversa me levou, lentamente fui voltando a ganhar os sentidos. E a pensar, com a clareza possível. Há factos assim. Há pessoas que me conhecem tão bem que me dizem o que eu não toleraria que outro me dissesse. Talvez porque me protejo nesta capa de força. Talvez porque quem está verdadeiramente próximo de mim é parecido comigo. Ou me é muito afim. Tanto, que consegue descobrir o que se passa nesta cabeça. Talvez porque na sua cabeça os sentimentos, experiências, se processem da mesma forma. Talvez porque a sua vida passou por caminhos que agora percorro. Talvez porque o inverso também aconteceu. Mas, passado o choque inicial de ouvir uma constatação do que esteve sempre lá, mas que nunca me tinha apercebido (pelo menos com aquela crueza), o meu espírito encheu-se de paz. De uma paz conturbada, é certo... Mas de uma paz de quem sente que não está só. Que é compreendida, sem que tenha de falar para se fazer mostrar. Para se fazer acompanhar.

segunda-feira, 14 de novembro de 2005



A beleza

mede-se

em profundidade.

E se estás num bar...

... a dançar, muito, e quando abres a tua carteira que, entretanto,
decidiste ir buscar, vês que o teu namorado te está ligar
para dizer que te ama?
Será que quer dizer algo?

sexta-feira, 11 de novembro de 2005


Se o que tens a dizer não é

mais belo do que o silêncio,

então CALA-TE.

Pitágoras

Páginas soltas

Tenho com os livros uma relação de amante eternamente insatisfeita, pela satisfação.
A eles me entrego totalmente sem medo de receber. Perco-me no seu corpo, a sorver voluptuosamente o seu saber. Toco-lhes, sinto-os fervorosamente no medo eminente de os perder. Sinto a sua textura, a sua beleza, o seu odor ancestral. Acompanham-me quando exulto de alegria, quando choro por amor, quando grito de raiva ou de horror. Viajam comigo cá dentro. E levam-me a viajar. Enchem-me o espírito de saciedade inquieta e imediata. Que depois volto a perder. Por um novo querer. Transportam-me a sítios novos, a pessoas novas, que julgo já conhecer. Fazem da realidade mentira, da ficção mundo real. Enfim, apoderam-se de mim com um desejo violento a que me entrego. Sem vergonha. Sem pudor.


Este blog chegou ao post

100.

quinta-feira, 10 de novembro de 2005


Let's swim to the moon, uh huh
Let's climb through the tide
Penetrate the evenin' that the
City sleeps to hide
Let's swim out tonight, love
It's our turn to try
Parked beside the ocean
On our moonlight drive...
Bebo a música em tragos longos.
Como que a eternizar a momentaneidade
do conteúdo.
Voo por prados verdes, sorvendo a brisa
das flores que dançam desconexas.
Caminho sobre as ondas, suaves,
que se diluem na
frescura aparente de um chão.
Mergulho em trapézios de vozes
que inspiram confusão.
Durmo sobre as mãos de um Deus.
Menor.
Lanço-me em espiral sobre a
profundidade de um céu nu.
Imagino. Sonho. Existo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

E assim acontece... no outro lado do mundo

Hoje, em Tóquio, um fabricante japonês de roupa interior feminina, apresentou um novo soutien, que pode ser aquecido no microondas. Objectivo: proteger as mulheres do frio do Inverno!!
Aceitam-se apostas sobre as próximas invenções!!

5 coisas para fazer...



(e que me deixam com um sorriso prolongado nos lábios)

Ir a um bom concerto.

Ver o nascer do sol.

Receber um olhar especial.

Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.

Tomar um banho de espuma, à luz das velas

(e porque não acompanhado de

um copo de vinho ou champagne?).

Pobre princesa rica

Ao ler uma reportagem na revista Sábado desta semana tomei consciência da importância de situações sobre as quais, até ao momento, nunca tinha pensado.
A infanta Leonor do nosso país vizinho, filha dos princípes das Astúrias, terá, obrigatoriamente, formação militar (passando por todos os ramos das Forças Armadas - Exército, Marinha e Força Aérea). Tirará um curso superior nas áreas da política, economia e relações internacionais. Falará várias línguas. A sua ama será, à partida, inglesa. Etc., etc., etc.
Isto dá que pensar. Por um lado, uma criança, desde o seu nascimento, tem um rumo traçado, pré-definido por terceiros e devido a uma questão de linhagem, ou o que lhe queiram chamar. Por outro lado, não existirá aqui a violação de vários direitos fundamentais, tais como a liberdade, a personalidade, a autonomia?
Que diferentes eram as princesas que povoaram a minha infância...
Que bom que é ser uma mera plebeia...

terça-feira, 8 de novembro de 2005

She says, hey babe
Take a walk on the wild side
She said, hey honey
Take a walk on the wild side

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

"A vida só se dá

a quem se deu."

Vinicius de Moraes

O meu tributo de hoje vai para...


CARLOS PAREDES

Porque, muito justamente, era chamado "o génio da guitarra portuguesa".

Porque os seus acordes perfuram-me a alma e expandem-se em minutos de prazer.

Porque, quando ouço a sua música, fecho os olhos e sou levada,

transportada por dedos sábios, a recantos que não ousava conhecer.

O que é que está a acontecer em França?

O que é que está a acontecer ao mundo?

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Publicitar

A maior parte da publicidade que passa nas nossas televisões é má. Francamente má. Mas dessa não vou falar porque não me merece o esforço.
Mas, excepção que confirma a regra, há publicidade que vale a pena recordar, (re)afirmar, (re)ver sempre que possível. Refiro-me à mais recente campanha da Caixa Geral de Depósitos, em que vários jovens nos 30 assobiam uma música surgida na sua outra juventude (a mais precoce). Belo exemplar!
É bem disposta, atinge facilmente o público-alvo e, fundamentalmente, fá-lo de uma forma muito positiva.
Eu, sempre que a vejo, dou comigo a dançar, a cantar (visto que não sei assobiar) e a ser invadida por um sentimento de doce nostalgia... Sim, porque também sou uma jovem nos 30...

quinta-feira, 3 de novembro de 2005


Sair de casa. Com o sol, quentinho, a mimar-me. Entrar no carro. Fechar a porta. Fechar-me do mundo. Com música. Percorrer a cidade, devagar, a sentir a sua alma. A anoitecer. Beber café. Ler. Escrever. Sentimento de paz. Doce serenidade...
Voltar. Percorrer a cidade. A amanhecer. Chegada. Doce serenidade... Sentimento de pertença do que não é meu. Calor. E um novo acordar...

Porque é que pessoas,

com vivências

tão IGUAIS,

se tornam tão DIFERENTES?

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Novidades do mundo animal

Segundo um estudo norte-americano publicado hoje, pela revista Public Library of Science Biology, os ratos apaixonados cantam para as suas fêmeas!!
Fantástico, não é? Imaginem... Tão lindo...
Já estou a ver a TVI a inventar um novo concurso!!

"Mais do que riqueza,

quero PAZ."

Ludovico Ariosto

Passagens

"Olhada de cima, aquela era uma bela visão para um homem que há quase um mês não se aproximava de uma mulher a menos de dez metros de distância. Mas ele foi irrepreensível: só olhou uma vez e só dançou com ela aquela valsa. Depois convidou também para dançar duas senhoras casadas de mais idade e reputação assegurada que nenhum homem, aliás, encontraria motivos para se sentir tentado a perturbar."

Miguel Sousa Tavares in EQUADOR

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Black is beautiful


A Renova criou um papel higiénico preto!!
Não sei qual será o resultado após a sua utilização,
mas o papel fica com muito mais estilo!!

O que os técnicos de turismo deviam aprender...

- Bom dia.
- Bom dia menina. O que vai ser?
- Vou querer uma tosta mista e um Compal Light de manga-laranja, por favor.
- Oh menina... Light? Para que é que precisa de light se está tão bem assim??
- É porque gosto...
- Ai, não ande por aí a beber essas coisas que depois fica assim escanzelada como aquelas modelos que aparecem na televisão... Ai, tão secas, tão feínhas!!
- Pois, mas não é por isso, é porque eu gosto!!
- Devia ser proibido essas moças serem assim tão magras. Veja lá que elas até vomitam para não engordarem!! Deviam saber que os homens gostam das mulheres com curvas. Olhe, assim como você!! Tão bonita... Não se estrague menina, não emagreça que depois vai-se arrepender!!!
- Certo, certo... Será possível trazer-me um chocolate quente com chantilly?

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

E porque hoje me apetece

BEIJAR MUITO...

Chega-te aqui. Aproxima-te. Mais. Isso...
Consegues sentir?
O meu coração a palpitar ao som do teu...
A minha pele a emanar o teu cheiro!
A transbordar energia, que não é minha, não é tua...
Os meus olhos a vivenciarem emoções perdidas. Achadas.
A minha boca a repetir os sons que a natureza criou...
E as minhas mãos, os meus braços, a acariciarem a dádiva que me envolve...
Que me preenche...

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Ele disse...

"O eclipse mostra que os portugueses se interessam muito
mais do que pensávamos pela ciência que lhes permite
abandonar o local de trabalho durante uns minutos".
Ricardo Araújo Pereira in Visão

terça-feira, 25 de outubro de 2005


"Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana,

os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem."

Jean Paul Sartre

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Vivências

2ª feira. Acordar. Tomar rapidamente o pequeno almoço. Beber um café no sítio do costume. Fumar o habitual cigarro. Chegar ao local de trabalho. Bom dia. O fim de semana foi bom. Sorriso amarelo. Ainda bem. Porreiro para ti. Novo sorriso amarelo. Começar a trabalhar. Sozinha. Ainda que acompanhada. Sorriso amarelo tipo ainda é 2ª feira e já estou farta de te ouvir. Comunicação superior. Tarefas novas a distribuir. Sorriso verdadeiro para o interior de mim. Que bom!! Sorriso amarelo para o exterior que diz cada um tem aquilo que merece; ainda vais concluir que ser má onda, invejosa e frustrada não compensa. Pausa para cigarro. Voltar ao escritório. Sem sorriso. Trabalho. Um pouco de navegação. Hora de almoço. Sorriso amarelo do género espero bem que comas alguma coisa que te deixe com uma grande diarreia. Libertação. Ser eu própria perante os outros. Tão à vontade como sempre o desejo ser. Voltar ao trabalho. Novamente um sorriso amarelo a pensar se não estás de diarreia estás com uma dor de barriga enorme porque com essa cara, e esse humor, não enganas ninguém. Trabalho. Pensamentos do género se não gostasse realmente do que faço não sei se aguentava. Sorriso de satisfação. Pausa para novo cigarro. Tempo de receber um mail com uma corrente inquebrável. Continuá-la não vá um relâmpago cair-me em cima. Telefone. Questão resolvida. Intromissão no meu trabalho. Olhar fulminante do tipo não me controles que não gosto. Riso amarelo para fingir que estou com muito interesse no que de nada interessante se diz. Pausa para comer qualquer coisa. Retomar o trabalho. Sentir-me capaz e competente. Sorriso leal a mim: por mais que queiras não consegues. E ainda por cima me fazes mais forte. Hora de voltar para casa. Ou não. Sorriso liberto. Sorriso sincero de lutadora. Que a pouco e pouco cresce. Fortalece-se. Caminha.

sexta-feira, 21 de outubro de 2005


"Aquele mar da minha infância
bom camarada e meu irmão
............................................
Eu sorrirei, calmo e contente
se ouvir e vir, perto, bem perto,
o mar fraterno, o mar eterno
o livre mar..."

Estou tão feliz...

Porque o fim de semana está aí,
e eu necessito urgentemente de descansar (o trabalho mata-me!!),
até canto "6ª feira em Albufeira" do (ainda vivo?) Rui Reininho.
Vejam lá o meu estado...

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

5 coisas para fazer

(e que me deixam com um sorriso prolongado nos lábios)


Patinar sem cair.


Fazer novos amigos ou estar com os de sempre.


Haver alguém a mexer-me no cabelo.


Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o Inverno passado.


Ficar na cama a ouvir a chuva lá fora.

O meu tributo de hoje vai para...

HUMANOS

Porque foram uma lufada de ar fresco neste Verão, com músicas do fundo do baú.

Porque constituiram um projecto muito válido,

de um António muito à frente do seu tempo.

Pela doçura da Manuela.

Pela voz do Camané.

Pela presença do David.

Porque a "Maria Albertina" é deliciosa...

Maria Albertina deixa que eu te diga

Ah... Maria Albertina deixa que eu te diga

Esse teu nome eu sei que não é um espanto

Mas, é cá da terra e tem, tem muito encanto

Esse teu nome eu sei que não é um espanto

Mas é cá da terra e tem, tem muito encanto


Maria Albertina como foste nessa

De chamar Vanessa à tua menina?

Maria Albertina como foste nessa

De chamar Vanessa à tua menina?


Maria Albertina deixa que eu te diga

Ah... Maria Albertina deixa que eu te diga

Esse teu nome eu sei que não é um espanto

Mas, é cá da terra e tem, tem muito encanto

Esse teu nome eu sei que não é um espanto

Mas, é cá da terra e tem, tem muito encanto


Maria Albertina como foste nessa

De chamar Vanessa à tua menina?

Maria Albertina como foste nessa

De chamar Vanessa à tua menina?


Que é bem cheiinha e muito moreninha

Que é bem cheiinha e muito moreninha

Que é bem cheiinha e muito moreninha

Que é bem cheiinha e muito moreninha

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Passagens

"Suspirou fundo, olhou a toda a volta, até onde as montanhas desapareciam na neblina húmida, e olhou também para trás de si, onde o azul do mar se fundia num horizonte perdido, e disse baixinho, como se recitasse poesia só para si: « Eu vou gostar disto! Eu vou amar isto!»"



Miguel Sousa Tavares, in Equador

"Ela fingia amar-me com todas as suas forças...
e eu fingia acreditar, com todas as minhas forças..."

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Modernices


- Sim? Então, está tudo bem?
- Está tudo bem. E contigo? Novidades?
- Algumas... Precisamos conversar...
- Ok. Começa a contar!!
- Olha, estou a receber uma chamada. Posso ligar-te daqui a pouco?
- Claro!
..............................

- Estou?
- Sim, sou eu. Era o Luís ao telemóvel.
- E?
- Estava a ligar-me para irmos jantar.
- E vão?
- Não sei. A namorada ligou. Acho que estão chateados!
- E?
- E ele ficou de me ligar novamente.
- Ok. E em relação ao que me ias contar...
- Ah, fui ao consultório hoje. Sabes o que é que a Tânia me disse?
- CONTA-ME!!!!
- Disse que... Oh, desculpa, o Luís está a ligar. Posso ligar.te daqui a pouco?
- Gggrrrrrrr (*»##!!)???%%&//??'!!). Liga daqui a nunca!!!


Deambulei ao som do Leão. RODRIGO.
Voei na voz da ADRIANA.
Perdi-me nos momentos corridos.
Da ALMA. MATER.