sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Da série: Os filmes da minha vida

Drama
Espanha/2002
Realização: Pedro Almodóvar
Elenco: Cecília Roth,
Geraldine Chaplin, Javier Cámara,
Leonor Watling, Paz Vega

Objectivos traçados, medidos, concluídos.
Adiados, atingidos, merecidos.
Inacabados, estruturados, antevistos.
Caídos, reerguidos, renascidos.


(Por vezes penso que a vida é uma sucessão encantadora

de coincidências consequentes).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vão mas é trabalhar!

Os "Homens da Luta" voltaram a ser detidos, hoje, durante a cerimónia de tomada de posse do Governo. Jel afirmou repetidamente que a acção dos agentes da PSP foi uma vergonha.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Frases (bem) feitas


Constatações LXXXVI

Da entrevista de António Lobo Antunes a Judite de Sousa posso afirmar sentir o que sinto sempre: vontade de ficar a ouvi-lo durante horas. Aliás, vem-me sempre à memória a imagem de uma criança sentada à chinês defronte de um avozinho muito sábio de quem se espera que nos conte histórias de encantar, como só ele sabe.

Da série: Os filmes da minha vida


Musical
EUA/Austrália/2001
Realização: Baz Luhrmann
Elenco: David Wenham, Ewan Mcgregor,
Garry McDonald, Kylie Minogue,
Nicole Kidman, Richard Roxburgh

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Um beijo, afinal de contas o que é?
Um juramento feito um pouco mais de perto, uma promessa mais precisa, uma confissão que quer confirmar-se, uma letra cor-de-rosa que se põe no verbo amar.
É um segredo que substitui a boca pelo ouvido, um momento de infinito que faz um zumbido de abelha, uma comunhão com gosto de flor, uma maneira de se respirar um pouco o coração, e de se saborear, na ponta dos lábios, a alma."

In "Cyrano de Bérgerac" (Jean-Paul Rappeneau, 1989)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Saramaguices

(…) “Antes, na criação do Universo, Deus não fez nada. Depois, decidiu criar o Universo, não se sabe porquê, nem para quê. Fê-lo em seis dias, apenas seis dias. Descansou ao sétimo. Até hoje! Nunca mais fez nada! Isto tem algum sentido?”


«Deus só existe na nossa cabeça, é o único lugar em que nós podemos confrontar-nos com a ideia de Deus. É isso que tenho feito, na parte que me toca».


Agora são as declarações de Saramago que são objecto da mais recente discussão nacional (gosto especialmente da primeira que transcrevi, é mesmo muito boa). E são essas declarações que me levaram a escrever este post, embora o tema já me sobrevoasse há muito.
Não acredito em Deus e tenho dificuldades em aceitar que pessoas interessadas, informadas, cultas – porque não – possam não duvidar da sua existência.
Acho que teria perto de 20 anos quando comecei a aceitar a ideia de não acreditar em Deus. Não porque nunca tivesse pensado nisso até então, mas sim porque não me deixava sequer pensá-lo. Sentia medo. De ir para o inferno, de Deus me voltar as costas por ousar duvidar da sua existência (penso que é demonstrativo de como muita gente foi educada).
Não acredito em Deus, pelo menos naquele que a Igreja nos impingiu. Acho que, simplesmente, é muito mais cómodo para a maioria dos Homens acreditar que há uma força que os guia ou ampara, em comparação com a triste realidade de se saber que tudo depende exclusivamente de nós.
O Saramago não acredita em Deus. Eu também não. Isso fará de nós piores pessoas?

Uma bela definição de amor

(...) “Olhei para a pista e achei que metade daquela gente de aparência sexy e descontraída sentia no fundo falta de acordar com alguém ao lado a quem não sentisse necessidade de pedir que lavasse os dentes antes de se voltarem a beijar. Porque esse é o critério científico mais preciso que conheço para detectar o amor. Conseguir desfrutar daquela doce – em teoria insuportável – halitose matinal da pessoa que se tem ao lado sem a interferência de um dentífrico.” (...)

(Roubadíssimo ao Alfaiate Lisboeta)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tic tac tic tac

Vinte e duas horas e vinte e dois minutos. Vinte e duas e vinte e três. Os minutos caem como raios assustados, deixando um rasto de sol.
Os carros passam lá fora. Um. Outro. E mais outro.
A televisão, ligada lá ao fundo, emite uns sons a que não presto atenção.
Vinte e duas e vinte e quatro.
Um cão ladra, auau auau auau.
O gato mia.
O cão volta a ladrar, auau auau auau.
Vinte e duas e vinte e cinco.
A televisão também ladra, auau.
Os carros passam lá fora. Um. Outro. E mais outro.
Vinte e duas horas e vinte e seis minutos. Vinte e duas e vinte e sete. Os minutos caem como raios assustados, deixando um raio de sol.

Da série: Os filmes da minha vida


Suspense
EUA/2003
Realização: Clint Eastwood
Elenco: Laurence Fishburne,
Kevin Bacon, Marcia Gay Harden,
Sean Penn, Tim Robbins

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A vida é sempre a perder

"Afastado da televisão há cerca de um mês e sem contrato com nenhuma estação, o humorista faz espectáculos privados e anima copos de água." (sobre Herman José)

In Diário IOL

Tenho pena que um génio do humor, em decadência desde o Herman Enciclopédia, não tenha sabido retirar-se e renovar-se.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Enrosquei-me no teu colo silencioso.
Não sei se passaram minutos ou horas.
Não sei se passou tempo algum.
Quando abri os olhos os teus estavam fechados.
(não estavas a dormir porque continuavas a mexer-me, suavemente, no cabelo).
Fechei-os com esperança de sonhar o teu sonho.

Citações


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Haja paciência

Por causa deste vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=QnrVZkKOOt0), anda meio Portugal muito chateado com a Maitê Proença, de que os insultos que se encontram espalhados pela net são prova.
Ora, não percebo o porquê de tanta algazarra. Parece-me ser um vir ao de cima do sentimento de inferioridade que ainda acredito sofrer-se no país, país esse que adora rir de tudo e de todos. Agora, quando é ao contrário, a música já é outra.
E aprender a rirmo-nos de nós próprios, não?

Perguntinha

Porque é que há pessoas que respondem tipo-testamento a uma pergunta que não comporta uma resposta com mais de 10 palavras?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

What??

Barack Obama venceu o Prémio Nobel de Paz de 2009, pelo seu «trabalho para reduzir as armas nucleares e pela paz mundial e pelos seus extraordinários esforços para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre as pessoas».
Embora goste bastante do actual presidente americano penso existirem outras pessoas que muito mais fizeram pela paz. Mas isso sou eu.

Da série: Os filmes da minha vida


Drama
EUA/Grã-Bretanha/2005
Realização: Woody Allen
Elenco: Brian Cox, Emily Mortimer,
Jonathan Rhys-Meyers, Matthew Goode,
Penelope Wilton , Scarlett Johansson







quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nós por cá

Não há nada melhor do que uma campanha eleitoral para se perceber um pouco como as coisas se passam nas autarquias mais emblemáticas do País. Em Gondomar, Valentim Loureiro guardou uma parte da sua segunda-feira numa tarefa típica de um presidente de Câmara generoso em Portugal: distribuir convites para o concerto de Tony Carreira aos cidadãos que se dirigissem à autarquia. É claro que os cidadãos são também eleitores, a campanha eleitoral começou umas horas depois e o concerto, claro, foi pago pela autarquia – mas nada disso teve influência na ideia peregrina de Valentim.
O presidente-candidato justificou a sua experiência como bilheteiro porque várias pessoas na rua lhe perguntaram se arranjava entradas para o concerto e ele «sentiu-se na obrigação de o fazer». Alguns cidadãos, pouco habituados à honestidade rara de Valentim, ainda se dirigiram à sua sede de candidatura para recolher os presentes. Mas Valentim não mistura os cargos: oferece como presidente, recolhe como candidato. E por isso escolheu o salão nobre da Câmara para exercer as suas funções. Esteve lá à tarde e só às 16h30 fez uma pausa para lanchar. Regressou às 17h e continuou. Sempre de pé, atendeu todos os interessados da fila, ofereceu os convites e a quem só tinha coragem para pedir dois, dava quatro para que pudessem levar um casal amigo.
Para a Comissão Nacional de Eleições, este é seguramente um exemplo sem problemas
.”



In Editorial da Sábado

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Hoje sinto-me assim...


Amália amanhã

Tenho dificuldades em compreender este histerismo à volta dos dez anos passados sobre a morte de Amália, sendo que projectos como “Amália hoje” dão um empurrãozinho à situação (e uns eurozitos a mais nas contas de Sónia Tavares e compadres). Curioso é que não me recordo de tal fenómeno acontecer nos 9 anos anteriores. Assim, parece-me que daqui a 10 anos voltaremos a ser inundados com recordações e testemunhos e ai que ela cantava tão bem e era portuguesa mas conhecida no mundo inteiro e homenagens à fadista mas, até lá, ouviremos um mero faz … anos que morreu Amália, no final de um qualquer telejornal, acompanhado por um excerto do povo que lavas no rio.
De onde concluo que as demonstrações de saudades e veneração vêm fatiadas à década.
Estranha forma de vida.

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

Fernando Pessoa

domingo, 4 de outubro de 2009

Definições

Inveja
s.f.
1. Desgosto pelo bem alheio.
2. Desejo de possuir o que o outro tem (acompanhado de ódio pelo possuidor).
ou

1.Sentimento altamente repugnante associado a pobres coitados que não têm nada melhor para fazer.

2. Sina triste.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Constatações LXXXV

Gosto quase tanto de fins-de-semana prolongados como de profiteroles encharcados em molho de chocolate.

Ela observava-o
pelo retrovisor
a observá-la pelo
retrovisor.
Foi uma espécie de triângulo-momentâneo-amoroso-reflectido.

Da série: Os filmes da minha vida


Drama
EUA/1994
Realização: Oliver Stone
Elenco: Juliette Lewis,
Robert Downey Jr.,
Tom Sizemore,
Tommy Lee Jones,
Woody Harrelson

De pequenino é que se torce o pepino

Uma criança chinesa, quando interrogada sobre o que queria ser quando fosse grande, respondeu que queria ser uma funcionária corrupta.