quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Entraste-me na vida sem pedir. Inundaste-a de serenidade e de alegria e saudade. E de amor. Encheste-me de amor. E de dúvidas sobre como, quando, porquê.
O tempo passou, com os seus dias escorridos, rápidos, idos. Com momentos lindos, só meus e teus e nossos. Com altos e baixos. Com discussões e lágrimas também. Com tudo aquilo que faz uma determinada relação ser especial. E fizeste (continuas a fazer) sentir-me especial. Levaste-me, puxada pela tua mão, a acreditar no sempre, aquele das narrativas de encantar, que por vezes pensamos só existir nos livros. Velhos e gastos, de tantas vezes por tanta gente lidos na esperança do acontecer.
Lembras-te das nossas conversas sobre o futuro? Das viagens, da ternura de quem já quase tudo viveu, dos filmes, músicas e livros partilhados? Dos passeios a olhar o mar? Dos abraços que nos tornam apenas em um? Do doce enlaçar dos corpos na nossa cumplicidade tão facilmente construída?
Lembras-te, eu sei. Sente-lo tal como eu.
E o tempo que passou parece não ter passado. Olho-te e vejo-te como na primeira vez.
E podia dizer agora que te amo, como nunca pensei possível ou real. Mas não o direi. Porque há palavras desnecessárias quando sentes o meu olhar.

Um comentário:

Elentári disse...

(suspiro) Lindo!
Feliz do destinatário deste post! :)
Eu por vezes até me esqueço que há mesmo pessoas reais a sentir isto!