quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Da série: Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro

Por vezes cometo gaffes que não lembram a ninguém. Mas são gaffes ingénuas, sem qualquer tipo de maldade ou intenção, só me apercebendo delas depois de as ter dito.

Há uns tempos, de um encontro fortuito com uma miúda que conheço mal - bastante mal mesmo - surgiu uma espécie de convite para o seu aniversário. Ficou aquela coisa do tipo: depois ligo-te para te dizer o local e a hora, etc., etc. O que é facto é que a rapariga fez anos, festa, e não fui convidada. Dois ou três dias depois, encontro-a numa esplanada. Beijinho, beijnho, aquela conversa de circunstância, e pergunta-me ela: Não queres sentar? E eu, imediatamente: Não, obrigada. Já estou em cima da hora para ir trabalhar e ainda tenho que passar ali numa loja para pegar uma prenda de aniversário. O sorriso amarelo dela fez-me aperceber imediatamente que tinha dito asneira. Mas era verdade!!!

Ontem encontro outra rapariga, irmã de amigas, que já não via há muito tempo. Beijinho, beijinho, aquela conversa de circunstância, olho para o colar que ela usava e digo instantaneamente: O teu colar é lindo! Mal acabo de proferir estas palavras mágicas, apercebo-me de que aquele colar era meu. Tinha-o perdido não sabia onde. Agora já sei. Ficou esquecido em casa das minhas amigas, irmãs da detentora do MEU colar. Não consegui perceber, através do seu sorriso amarelo, se ela sabe que aquele era o MEU lindo colar, oferecido por uma grande amiga. Mantive-me em estado de choque dissimulado durante, pelo menos, meia hora. Depois acabei por esquecer...

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