Caminhei sobre as pedras da calçada, já tantas vezes pisadas pelo tempo, pelas gentes, pela chuva e pelo sol.
E estava sol, naquele final de tarde em que pensava, melancólica, na vida, vivida e minha.
Escolhi uma esplanada em frente ao mar. Porque o mar tem sempre esta capacidade de me amenizar os sentidos, acalmar ondas turbulentas que, por vezes, me rebentam, espumosas.
E deixei-me assim ficar durante muito tempo. A deixar o azul profundo invadir-me, hipnotizar-me com o seu poder, com o seu ir e vir, ir e vir, ir e vir...
Largos minutos depois (ou terão sido horas?) sentia-me calma, apaziguada.
Voltei para casa pelas mesmas pedras da calçada, pisadas pelo tempo, pelas gentes, pela chuva e pelo sol. O céu escurecia em tons laranja e rosa. Podia voltar. À minha doce vida, vivida e minha.
2 comentários:
tao bom quando isso acontece...
encontrarmo.nos no "nada"...
o mar tem esse dom..
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