quarta-feira, 31 de março de 2010

Não havia nechechidade... Zzz zzz


Irritam-me sobremaneira as reportagens que têm vindo a passar em crescendo no canal estatal português. Sejam elas sobre a pobreza ou o bullying (que, Eureka, é tratado como um fenómeno novo quando existe desde sempre), a crise ou (ainda) as derrocadas da Madeira, como se já não bastasse a tristeza e angústia associada aos temas abordados, colocam-lhe ainda uma musiquinha de fundo de fazer chorar as pedras da calçada, a apelar à lagrimazinha do povo que, confortavelmente sentado no sofázinho comprado na Moviflor, vai dizendo Que pena, Não sei onde isto vai parar, Coitadinho, com os olhos marejados porque, qual filme, a música potencia sentimentos de pena e compaixão.
Mas será que não basta a verdade crua da realidade? Não será isso só por si emocional quanto baste?

2 comentários:

Quint disse...

O povo, não apenas aquele que cheira mal dos sovacos porque trabalha de sol a sol mas também aqueloutro que se banha em perfume e passeia indolente pelas avenidas gastando a rodos, adora coisas de faca e alguidar!
Está na sua natureza... e, mais a mais, o cérebro pelos dias de hoje está ao preço da morte pelo que importa não lhe dar muito uso.

Anônimo disse...
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