quarta-feira, 24 de março de 2010

Da imbecilidade


Por vezes tento esquecer-me da imbecilidade que nos rodeia - e ela é muita e existe em todo o lado sob variadíssimas formas. Mas quando a imbecilidade ganha a forma de actos palpáveis, que me atingem directa, injusta e prejudicialmente, aí reviram-se-me as vísceras, o que não é nada bom porque, acompanhado desse revolver, chega também uma vontade urgente e incontida de me encher de doces e salgados e tudo o que o colesterol agradece que não comamos.
Agora que, pelo menos aparentemente, dou por saciadas essas necessidades e já consigo analisar as coisas com a frieza possível (e é-me sobretudo difícil conviver com o conceito de injustiça), concluo que este mundo em que vivemos está pejado de actos e pessoas nojentas, cuja asquerosidade se pavoneia há muito (desde sempre?), pelos corredores da rotina.
Depois da fase do choro, da repulsa e dos porquês, agradeço o conhecimento da imbecilidade e do(s) seu(s) autor(es). Porque me levam a querer distância, a procurar soluções que me levem para longe de ambientes assim.
Começo agora a caminhar esse caminho. E talvez um dia, espero, ainda agradeça aos imbecis por isso.

3 comentários:

Quint disse...

Presumo não ser nenhum dos dois visados :)

Sol disse...

Não me parece... ;)

Não Matem a Cotovia disse...

O que não falta neste mundo são os imbecis. O que eles não percebem é que com toda a sua mesquinhez são eles que ficam estagnados, no seu mundinho de insignificâncias e futilidades, e tu, eu e todos os "lesados", damos a volta por cima e crescemos. Força nisso!