sexta-feira, 31 de março de 2006

ESTOU

TÃO

PERTO

DO

CÉU...

OU DO INFERNO...


(Depende da perspectiva!)

Vambora

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
P'ra mudar a minha vida
Vem vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas

Adriana Calcanhoto

As coisas que se dizem/ouvem por aí!

Estava eu ontem ao balcão de uma pastelaria a lanchar, quando ouço este diálogo delicioso entre uma senhora que estava ao meu lado e o empregado:
- Ó António, de que são feitas estas sandes?
- De carne assada.
- Mas está moída?
- Não, senhora, está fatiada.
(E o rapaz pega numa sande para comprovar o que disse).
- Huumm, gostava de levá-la para a minha filha, mas não sei se ela gosta. É tão esquisita... Ó António, a Marisa alguma vez pediu uma sande destas?
- Não, a mim nunca.
Após uma pequena pausa volta a senhora à carga:
- Ó António, embrulha-me a sande. Vou levá-la para a Marisa. Vamos ver se ela gosta!! A Larocas, a nossa cadela, gosta de tudo. Agora a Marisa... é tão esquisita!!
Nesse momento não aguentei e tive de me rir... Mas a senhora não percebeu. Só o António, que me correspondeu com um disfarçado sorriso comprometido...
Ouve-se cada coisa por aí...

quinta-feira, 30 de março de 2006

Há momentos mágicos

que têm o poder de mudar o nosso dia.

O meu dia mudou.

Passagens

"Por momentos, naquelas estradas desertas, parecia que já não estava neste mundo, que se tornara uma espécie de fantasma deambulando pelos campos da Nova-Inglaterra.
E pensar que muitas vezes se queixara da sua vida: demasiado trabalho, demasiados impostos, demasiados constrangimentos...
Caraças, como fora estúpido! Nada havia mais agradável que a sua existência. Até um dia de tristeza era, mesmo assim, um dia vivido. Apercebia-se disso agora. Pena que não tivesse ganho consciência disso mais cedo."

Guillaume Musso in "E depois..."

terça-feira, 28 de março de 2006

DESLIGAR.

VOAR.

ESTAR.

SAIR.

AMAR.

VOLTAR.

QUERER.


E porque se fala de pessoas...

Passo-me com aquelas:

- Que não sabem ocupar o seu lugar;

- Que pensam ser superiores aos outros;

- Que, em sítios cheios, insistem em empurrar
porque é extremamente difícil dizer Com licença;

- Que pensam que só tendo muito dinheiro
é que poderão ser felizes (é tão mais simples);

- Que se julgam as maiores vítimas do mundo;

P.S.: Deve faltar-me qualquer coisa mas estas são, de momento, as características que me irritam mais prufundamente. E de que maneira!!!

Pessoas

Tenho conhecido muita gente. Pessoas muito diferentes entre si. Muito diferentes de mim. Pessoas que nunca imaginei conhecer por me serem tão distantes! Mas o facto é que me cruzo com elas. E embora seja um pouco complicado ver-me, de repente, rodeada de tanta gente que nunca ousei pensar, confronto-me com esse facto.
Depois do baque inicial, depois do moldares-te e do moldarem-se, depois de ultrapassada a inconstância e inconsistência dos princípios, concluo que é mais uma experiência que me enriquece e me ensina.
Porque me obrigou a ser menos preconceituosa com outras formas de estar e de viver. Não que, por vezes, as compreenda. Mas aceito-as.
E só de há pouco para cá é que aprendi a aceitar a diferença. Verdadeiramente. Ainda que sempre me considerasse muito aberta, só quando presenciamos as situações é que aprendemos a lidar com elas. E eu venho aprendendo.
Dia após dia.
Passo após passo.
"A cultura ajuda um povo

a lutar com as palavras,

em vez de o fazer com as armas."


Glugiermo Ferrero

sexta-feira, 24 de março de 2006

Este é um post enorme...

... à medida do talento daquele a quem ele é dedicado.


Ãh

"Eu não sei quem inventou essa mania e nem sei o que seria esse "ãh"
Eu só sei que eu acordei no outro dia e só ouvia todo mundo dizer ãh.
Eu nem sabia que existia essa palavra ou esse nome ou o que quer que seja ãh.
E de repente vi que toda a minha gente enfiou na sua mente o tal do ãh.
Tranquilamente fui lá na padaria e falei bom dia, responderam ãh.
Comprei um pão e fui ver televisão, só que na programação só tinha ãh.
Fui p’ró estádio assistir a um futebol e a torcida só gritava: "ãh! ãh!"
Liguei o rádio p’ra ouvir os comentários e era "ãh-ãh-ãh-ãh-ãh-ãh-ãh".
Cheguei em casa, o meu amigo me ligou, eu disse alô, ele disse ãh.
Ele me falou duma festinha recheada de gatinha, eu disse ah... hmm... Ãh!
Cheguei na festa e realmente ‘tava bom, mas o som...
Uma garota me deu mole e começamos a conversar: "ah? ãh! ãh..."
Vamos lá p’ra casa e aí ãh, perguntei se ela ãh, ela veio e "ãh"...

Por isso eu digo "ãh!"
Everybody say "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh!", eu também quero falar... ãh...
Por isso eu digo "ãh!"
Vem dizer comigo: "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh", então eu digo ãh... ah, sei lá!

Fui p’ra escola e esqueci a minha cola, e na prova eu respondia tudo ãh.
O professor me falou alguma coisa que eu não entendi porque não era ãh.
Voltei p’ra casa meio ãh, e o guarda me pegou com uma ãh, e falou que eu ia ãh."
Peraí, seu guarda, eu posso explicar".
- "Então explica!"
- "É que... ãh..."
E o meu pai ficou sabendo e já veio me dizendo que eu era muito ãh.
Eu disse "pai, ãh, pai, mas pai, ãh, pai..."
- "Cê tá me respondendo, meu filho?!"
- "Ô, pai, ãh!!"
Meu pai nunca me escuta e p’ra mostrar quem é que manda ainda faz aquela cara meio ãh.
Eu resolvi fazer uma banda que é p’ra ver se alguém me escuta! O nome dela é Ãh.
O nosso som é uma mistura de ãh com ãh, e a nossa postura é ãh!
Acho que vai ser o maior sucesso, mas não sei se vai ser bom fazer sucesso, que o sucesso é meio ãh.
Hoje eu já falei com um, ãh, jornalista, que na hora da entrevista perguntou:
- "Porque 'Ãh'?"
- Ah... Por que 'Ãh'? Ah, Ãh por que ãh!
Se você não entendeu, sinto muito mas ãh...
Tava tudo indo muito bem, porque eu só falava ãh, escutava ãh e pensava ãh.
Tudo como manda o figurino, as meninas e os meninos, todo mundo repetindo ãh.
Parecia muita hipocrisia, porque todo mundo repetia e nem sabia o que era "ãh".
Tão fazendo a gente de robô, só não sei quem programou.
Quando eu percebi eu disse: "ô-ôu!"
Foi aí que todo mundo olhou pra mim, só pra ver o quê que eu ia dizer.
Foi aquele olhar assim bem ãh, de quem quer ouvir um "ãh", só que aí em vez de "ãh" eu disse "be"!
Depois dessa resposta muita gente deu as costas, e até quem me adorava hoje fala que não gosta.
Eu até tentei compreender o "ãh", mas quando eu falei do "be" ninguém tentou me entender.
É porque p’ra eles é o "ãh", tem que ser o "ãh", pelo jeito vai ser ãh a vida toda.
Se você quiser saber, depois do B já vem o C, e tem o D e tem o E e com o F eu digo foi.

Por isso eu digo "ãh!"
Everybody say "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh!", eu também quero falar "be"!

Por isso eu digo "ãh!"
Vem dizer comigo: "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh", então eu digo foi...

Por isso eu digo "ãh!"
Everybody say "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh!", eu também quero falar "be"!

Por isso eu digo "ãh!"
Vem dizer comigo: "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh", então eu digo “Foda-se".

Gabriel o Pensador



quinta-feira, 23 de março de 2006

Segundo o Expresso On Line de hoje, Horácio Costa, ex-vereador socialista da Câmara Municipal de Felgueiras, disse ter enviado em 2001 cartas ao primeiro-ministro de então António Guterres, e aos ministros José Sócrates e Jorge Coelho, a denunciar a existência de um «saco azul» na referida câmara.
E eu questiono-me: Será que o partidarismo se pode sobrepôr a tudo? Será que sou uma das últimas pessoas a acreditar em princípios e valores tais como ética, justiça? Ou será que isto são apenas palavrões?
Não consigo perceber nem aceitar.
Não consigo acreditar. E já nem capacidade tenho para me surprender com estas pérolas da política nacional.
E assim se vai vivendo em Portugal...

É só para dizer que:


Hoje, qualquer post

que eu escreva

vai a AZUL.

Vá-se lá saber

porquê!! :)

quarta-feira, 22 de março de 2006

Fantástico!!!

Oito e quarenta e cinco da manhã. Saio de casa para trabalhar. Já em cima da hora. Ponho o carro a trabalhar e lá vou eu. Vou? Não, não vou. Tenho um pneu completamente vazio. Bonito... E agora? Reparo, pelo canto do olho, nos trolhas que estão a fazer obras na casa da vizinho. Dirijo-me a eles bem de mansinho.
O que penso: Será que alguém me pode mudar um pneu porque eu não o sei fazer?
O que digo: - Bom dia. Será que alguém me pode dar uma ajuda a mudar um pneu?
O que um trolha pensa: Mulheres... enfim...
O que diz: - Concerteza, menina, é p'ra já!

E lá vamos, eu e o trolha, para junto do meu carro. Enquanto ele me muda o pneu eu vou observando. Tento, com isto, dar um certo apoio moral. Porque estava a sentir-me mal ali parada a olhar para o homem, mas o que podia fazer? Não sei mudar um pneu. Acho mesmo que nem teria força para desapertar os parafusos.
Finalmente ele termina.
O que penso: Que sorte!!! Se não estava aqui ninguém não sei como me iria safar!!
O que digo: - Obrigada. Muito obrigada. Mesmo... (esta parte também a pensei verdadeiramente).
O que o trolha pensa: Vai lá à tua vida... Enfim, mulheres... Compram um carro mas só sabem conduzi-lo!! E mal...
O que diz: - Não tem de quê, menina. Sempre às ordens!!

Moral da história: Nunca mais digo a ninguém para se calar com as bocas à trolha (pelo menos enquanto me lembrar)...

terça-feira, 21 de março de 2006

?

- E o que pensas fazer?
- Não sei, estou tão confuso... Durante a noite acordo com estas dúvidas a rondarem-me tal como espectros indesejados... Penso nas consequências de tudo!! Como é que vai ser isto se fizer assim? O que vai acontecer se não o fizer? Aaahhhh, não sei, não sei... Gostava de dormir muito e, quando acordasse, tudo estaria resolvido...
- E achas que era a forma certa de resolver os teus problemas? A tua vida? Gostavas de acordar e aperceberes-te que estavas pronto para morrer? Gostavas de acordar e de te aperceber que não viveste? Terias assim todos os problemas resolvidos...
- Eu sei, tens razão... Mas é difícil enfrentar as coisas de frente!!
- Conheces outra forma de o fazer? E se não racionalizasses tanto? Não digo para não seres responsável. Não digo para não amadureceres as ideias. Mas porque é que contigo tem de ser tudo tão certinho, tão milimetricamente programado? Além disso, acho que já te deves ter apercebido que o caminho não é recto como o tentas desenhar...
- Hhuummm...
- Não tentes contrariar-me. Sabes que é assim! Ufa, a tua vida deve ser uma seca!! Já pensaste em começar a viver por favor??? TENS 37 ANOS!!! O QUE ESPERAS?
- Saber como começar...

segunda-feira, 20 de março de 2006

Amigos gays VII

Só um amigo gay se senta comigo por entre as minhas bijuterias para escolhermos o que vou usar.

Só um amigo gay se lembra de me trazer um pacote de Pringles porque reparou que têm menos 1/3 de gordura do que as normais. :)

A banda sonora do fim de semana

foi-me proporcionada pelo

sempre excelente

Jamiroquai!!!

Não-existências *

Queria poder entrar em ti. Não para te conduzir pelo meu caminho, mas para te ajudar a caminhares pelo teu.
Ou queria que fosses eu. Que me entrasses na mente e descobrisses como caminharia no teu lugar.
Porque, no fundo, somos iguais. Desmedidamente iguais nas nossas diferenças.
Ou ainda diferentes na nossa unidade.
É difícil explicá-lo. Mas também não preciso, dirias-mo tu. Porque sabemos, sentimos tão presentemente como o ar que respiramos, que não há definição. Porque o que é indefinível não tem de ser definido.
Está em mim, em ti, e isso basta-nos.
Queria poder entrar em ti.

*Ou: Para ti, M.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Hoje sinto-me especialmente feliz porque...


quem eu amo se sente especialmente feliz...



«“Aguenta como um homem", diz-lhe o patrão insensível. Em vez disso, ela reage como um ser humano e luta para vencer.»

North Country - Terra Fria baseia-se na história real do primeiro caso de assédio sexual que venceu nos tribunais dos Estados Unidos. A fórmula do filme não é nova mas, quanto a mim, resulta bastante bem. É, basicamente, uma história de muita coragem e de muita força, que me levou a reflectir sobre o ser e o parecer, que me levou a chorar e a sorrir.

Charlize Theron e Frances McDormand voltam a mostrar porque é que são duas actrizes maiores.

quarta-feira, 15 de março de 2006

És brisa que acaricia o meu rosto

em murmúrios de desejo...

Partilha, querida, sentida...

Beijo-te em doces fôlegos de querer...

E perdemo-nos... achamo-nos em nós...

terça-feira, 14 de março de 2006

Dúvidas existenciais III

Porque é que sempre que entro num qualquer compartimento de um qualquer lugar (para mim desconhecido), e que contenha mais do que um interruptor, carrego sempre em primeiro lugar no errado e só à segunda é que consigo acender a luz?

Balada de un Soldado

Madre, anoche en las trincheras
Entre el fuego y la metralla
Vi un enemigo correr
La noche estaba cerada,
La apunté con mi fusil
Y al tiempo que disparaba
Una luz iluminó
El rostro que yo mataba
Clavó su mirada en mi
Con sus ojos ya vacios
Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José
Compañero de la escuela
Con quien tanto yo jugué
De soldados y trincheras

Hoy el fuego era verdad
Y mi amigo ya se entierra
Madre, yo quiero morir
Estoy harto de esta guerra
Y si vuelvo a escribir
Talvez lo haga del cielo
Donde encontraré a José
Y jugaremos de nuevo
Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José
Compañero de la escuela
Con quien tanto yo jugué
De soldados y trincheras

Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José

Mafalda Veiga

sábado, 11 de março de 2006

Walk The Line

Ainda não vi os outros filmes oscarizáveis mas o Joaquin Phoenix está fenomenal no papel de Johnny Cash...

Para não me esquecer...

Descubro que, afinal, há pessoas que se mantêm fiéis a si mesmas.
Como é bom encontrar amigos quase já esquecidos pela velocidade dos dias e reencontrar a memória quase já perdida. Como é bom descobrir que continuas igual a ti, igual a mim. Porque a "adultização" traz, não raras vezes, uma faculdade de venda de si próprio. Com a opção de esquecimento de quem, tão vincadamente, se foi. E como isso me entristece...
Por isso, gostei de te reencontrar. Lembrar-me de como és fiel ao que sempre foste, lembrar-me da tua honestidade e da tua humanidade para com os outros. Lembrar-me que lutas permanentemente contigo em virtude do que pensas ser o melhor. Para ti e para os outros. Lembrar-me de que, ao contrário de muitos outros casos, continuamos a ter o que conversar. E que conversamos verdadeiramente, não deixamos apenas palavras a flutuar sem norte no ar.
Lembrei-me que continuas a ser o meu amigo da escola.
Lembrei-me de nunca mais me esquecer que quero que sejas sempre o meu amigo da escola.

sexta-feira, 10 de março de 2006

Não dizem que o Natal é quando o Homem quiser?

Então para mim hoje é Natal!
Vá lá, comecem a dar-me as prendinhas...

quarta-feira, 8 de março de 2006

"O que é uma grande vida
senão um pensamento da juventude
realizado pela idade madura?"

Alfred de Vigny

Aero-portas

Tenho-me apercebido de que me sinto verdadeiramente estúpida quando passo naquelas portas (das quais não sei a designação técnica) que existem nos locais de embarque dos aeroportos. Aquelas que estão escoltadas por seguranças (mulheres, para o meu caso) preparadíssimas a apalpar-nos.
E isto acontece-me porque no momento exacto em que passo pelas ditas cujas não sei que expressão fazer. Nunca levo nada de ilícito que me leve a ter preocupações de outra ordem. Assim, a tendência é fazer uma expressão descontraída, porque estou realmente descontraída!! Mas é uma expressão forçada de descontracção por não ser natural. É tão estranha sensação de não-eu que tenho naquele momento...
E depois há ainda aquelas situações em que o raio do apito começa a tocar. E lá vem a segurança apalpar-me!! E as pessoas em teu redor começam-te a olhar de soslaio a perguntar-se: Será que vão encontrar um explosivo que ela iria fazer explodir no meu voo? E então, olho para essas pessoas ainda mais de soslaio a aniquilá-las com o pensamento e a perguntar: O que foi, nunca viram?
Além disso, acho que esta é uma sensação por que todas as pessoas que nada têm a temer sentem num momento desses. E pronto, já me sinto mais descansada porque andava com isto entalado desde a minha última viagem.

Dia Internacional da Mulher

Uma em cada três

mulheres portuguesas

é vítima de

violência doméstica.

sexta-feira, 3 de março de 2006

Dúvidas existenciais II

Porque é que sou tão curiosa?

Dúvidas existenciais I


Porque é que sou tão teimosa?

Coisas


Leva qualquer eu a meu dia
Dá-me paz, eu só quero estar bem
Foi só mais um quarto, uma cama
No meu sonho era tudo o que eu queria

Quando alguém deixar de viver aqui
Espera que ao voltar seja para ti
Nada vai ser fácil
Nunca foi
Quando alguém deixar de te dar amor
Pensa que há quem viva do teu calor
Hoje é só um dia
E vai voltar amanhã
E não foi assim que o tempo nos fez
E fez assim com todos nós
E não foi assim que a razão nos amou
E fez assim com todos nós
São coisas
São só coisas

Se uma voz nos diz que é viver em vão
P’ra que raio fiz eu esta canção
E se o fim é certo
Eu quero estar cá amanhã
E não foi assim que o tempo nos fez
E fez assim com todos nós
E não foi assim que a razão nos amou
E fez assim com todos nós
São coisas
São só coisas
Eu estou bem
Quase tão bem
Vê como é bom voltar a dizer
Eu estou bem
Quase tão bem
Vê como é bom voltar a dizer
Eu estou bem
Quase tão bem
Vê como é bom voltar a dizer
Eu estou quase a viver

Ornatos Violeta


Acordei com o teu cheiro de mar. Senti-te a pele, nua, contra a minha. Observei-te na doçura do teu sono. Senti-te o cheiro como que a procurar a causa das coisas. Há quem diga que as pessoas se podem querer pelo cheiro. Eu acredito. Pousei a cabeça no teu peito enquanto me dava a estas considerações. E deixei-me adormecer neste lento despertar...

Acordaste com o meu cheiro de sol. Sentiste-me o cabelo, nu, a repousar em ti. Observaste-me em carícias de olhar. Tocaste-me a pele como que a confirmar que sou real. Há quem diga que as pessoas se podem apaixonar com um olhar. Tu acreditas. Beijaste-me enquanto tecias estas imprecisões. E acordaste-me neste suave amanhecer...

quarta-feira, 1 de março de 2006

O dia seguinte

Pois é, pois é... Lá se passou mais um Carnaval, do qual resolvo fazer uma análise (mais ou menos séria, mais ou menos a brincar):

O que gostei:
- Andar fantasiada de cantora pimba pindérica (Amei!!!)
- Descobrir que os mortos já usam piercings
- Confirmar que "O Segredo de Brokeback Mountain" anda a abrir mentalidades
- Dançar, dançar, dançar
- Meter-me com toda a gente

O que não gostei:
- Do Carnaval brasileiro-sem ideias-português
- Das pessoas sem sentido de humor (que nem mesmo no Carnaval sabem brincar)
- Do samba repetido ao insuportável
- Da ressaca (aaiii)

SALDO: POSITIVO