segunda-feira, 23 de abril de 2007

Para ti, M.

Batemos com a porta sem sequer nos despedirmos. Porque a raiva que sentíamos, naquele momento, não nos iria deixar dizer nada de bom. Afastamo-nos fisicamente. Afectivamente, acho que nunca o conseguimos fazer. Deixamos a vida continuar com o seu rumo. Incerto, porque sem ti, faltava-me algo. Ainda não to disse mas não é preciso. Tu sabe-lo, como eu sei que contigo também foi exactamente assim.
Abandonamo-nos ao decorrer do tempo, ao libertar de sentimentos incoerentes, negativos, de dúvida e opressão.
E um dia... um dia conseguimos, finalmente, conversar. Com a alma aberta. Timidamente, no início, como que a procurar se o outro continua lá. Rapidamente descobrimos que sim. Continuamos quem somos no vazio por nós deixado.
Não esquecemos o que aconteceu. Porque não é um bom princípio. Esquecer significaria fingir. E sempre fomos demasiado sinceros para isso.
Amanhã vamos estar juntos. Finalmente vamos estar juntos... Senti tanto a tua falta...
Quando chegares, vou simplesmente abraçar-te, forte, e nesse abraço vais sentir tudo o que te quero dizer.

2 comentários:

Lowprofile disse...

Que reencontro! parece ser daqueles que nos corta o ar e nos faz rodar sem sair do mesmo sítio!
Acho que todos nós temos alguém assim...tão longe e tão perto, em volta de um abraço só nosso, cheio de memórias!

Afinal, chega sempre o tal dia...

Feliz (re)encontro! ;)

Sol disse...

Obrigada! :)