quinta-feira, 20 de julho de 2006

Sei que a vida é feita de altos e baixos. Que cá se fazem, cá se pagam. Que Deus escreve direito por linhas tortas. Que não há mal que sempre dure. Que a vingança é um prato que se serve frio. Que todos os santos têm o seu Natal. E podia continuar, com uma série de ditos populares que, malfadadas excepções, batem sempre certo.
Mas por vezes é difícil compreender porque temos de lidar com determinadas situações. Porque é que somos confrontados com elas sem o ter pedido ou sequer desejado. Porque é que elas tinham que acontecer connosco. Porquê, porquê, porquê?
E levamos a vida com esses percalços às costas, a pesar-nos, sem nunca compreender... E vamo-nos fortalecendo, crescendo, aprendendo, com tudo o que isso tem de bom e de mau. Habitua-mo-nos, até, a viver com esse peso morto que não sabemos de onde surgiu.
E um dia, um dia como os outros, algo de bom acontece. Algo de muito bom acontece. Quase que juraria que aconteceu para me explicar o que até aqui não tinha entendido. Quase que juraria que tudo o que aconteceu era obrigatório porque me transformou na pessoa que sou hoje.
Compreendo agora, como sempre quando a justiça age, que as coisas nos acontecem porque têm de acontecer. Porque são esses acontecimentos imprevistos que nos fazem ganhar o que muito necessitamos na vida: experiência(s).
Hoje, o mundo provou-me (uma vez mais) que o meu caminho se cumpre. E cumpre-se como sempre acreditei (com dificuldades por vezes) que se devia cumprir.

Nenhum comentário: