Não pretendo ser (muito) politicamente incorrecta. Nem tão pouco chocar ninguém. Mas tenho de perguntá-lo: porque é que a maioria dos emigrantes do nosso país não passa férias no país de acolhimento, ou num outro qualquer longe daqui?
Estas são algumas das preciosidades que tenho ouvido desta espécie muito particular: “Tá tudo bem. Yaahh, chegamos há três dias. Yaahh, a viagem correu bem. Of course!!”; “Estamos de vacances. Ruth Cristinneeee vem ici à tua maman. Rápido antes que leves dois pares de estalos nesse focinhooooo!!”; e ainda conversas em volume máximo sobre este que acabou de passar, olha, olha, que é filho da D. Ana, aquele que era amante da Susana lá da vila que depois fugiu com o António da Srª. Carmélia, que Deus a tenha que era tão boa mulher e que não merecia isto!!
Além disso, tem-me sido concedido o privilégio de ver um ou outro exemplar do sexo feminino vestido, nomeadamente, com mini-saia verde, sandálias vermelhas, camisolinha amarela e, para compor, as unhazitas pintadas de rosa choque e, claro, lascadas para dar aquele toque especial; finalmente, o cabelo num amarelo muito feio com enormes raízes pretas, composto com a molazita de plástico. Fantástico!!
E fico-me por aqui, não vão pensar que tenho alguma coisa contra os emigrantes. Não tenho (pelo menos em relação àqueles que, depois de emigrarem, não se transformaram em aves raras), mas será que não podiam passar férias longe? É que durante o ano inteiro já tenho de levar com as suas grandiosas obras de arte a que os mesmos chamam de casas…
Estas são algumas das preciosidades que tenho ouvido desta espécie muito particular: “Tá tudo bem. Yaahh, chegamos há três dias. Yaahh, a viagem correu bem. Of course!!”; “Estamos de vacances. Ruth Cristinneeee vem ici à tua maman. Rápido antes que leves dois pares de estalos nesse focinhooooo!!”; e ainda conversas em volume máximo sobre este que acabou de passar, olha, olha, que é filho da D. Ana, aquele que era amante da Susana lá da vila que depois fugiu com o António da Srª. Carmélia, que Deus a tenha que era tão boa mulher e que não merecia isto!!
Além disso, tem-me sido concedido o privilégio de ver um ou outro exemplar do sexo feminino vestido, nomeadamente, com mini-saia verde, sandálias vermelhas, camisolinha amarela e, para compor, as unhazitas pintadas de rosa choque e, claro, lascadas para dar aquele toque especial; finalmente, o cabelo num amarelo muito feio com enormes raízes pretas, composto com a molazita de plástico. Fantástico!!
E fico-me por aqui, não vão pensar que tenho alguma coisa contra os emigrantes. Não tenho (pelo menos em relação àqueles que, depois de emigrarem, não se transformaram em aves raras), mas será que não podiam passar férias longe? É que durante o ano inteiro já tenho de levar com as suas grandiosas obras de arte a que os mesmos chamam de casas…
3 comentários:
N me distanciando muito da tua opinião, assim de repente vejo 2 razões:
1) porque sentem mesmo falta de portugal (ao ponto de eu achar q os emigrantes vivem mais orgulhosamente este país)
2) porque s n voltassem, n tinham como mostrar aos outros, os que os viram partir, o dinheiro que conseguiram e o bem q estão na vida.
bxz
Eu sei Fiona!! E a 1ª razão parece-me bastante forte. Mas não tenho pachorra! Hei-de aguentar-me, que é a única solução!! ;)
Eu também aprendi a não gostar sos emigrantes Portugueses que vêm cá passar férias. Um era tio dum amigo e enquanto ia falando bem do estrangeiro e mal do nosso país às tantas atira lixo para a rua. Ficamos a olhar para ele. Ele diz: "No estrangeiro eu não fazia isto." Palavras para quê?
Doutra vez estou no supermercado a fazer compras e está uma família vinda de França. Os miúdos imitam os pais e criticam tudo só por ser Portugês em vez de outra coisa qualquer. Estão a bloquear a passagem, como malcriados que são e eu peço-lhes, em Francês, para que me deixem passar. Num instante mudam de atitude, fazem um sorriso rasgado e perguntam-me se sei falar Francês. Respondo: "Naturalmente, fui à escola. E vocês?"
Quando é esta a atitude sistemática dos emigrantes Portugueses não é de admirar que às tantas sejamos nós a ter um preconceito contra eles e a não os querermos cá.
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