sexta-feira, 30 de junho de 2006

Frase do Dia*

* Ou: Esta piada é muito engraçada. Venha a próxima...


"Pedi ao juiz três mil euros por mês para comer".


Albertino Figueiredo, fundador da Afinsa, PÚBLICO, 30-06-2006

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Fim da Canção

Chegámos ao fim da canção
E páro um pouco p’ra dormir
É tarde p’ra voltarmos atrás
Já nem há motivo algum para rir

É como ouvir alguém dizer
"Vê nessa procura
Uma razão
P’ra virar a dor para dentro"
Que é virar o amor para dentro
Falo de um amar para dentro
Que é virar a dor para dentro

Eu vou dizer até me ouvir
A dor chegou para ficar
Eu vou parar quando eu sentir
Não haver motivo algum p’ra negar

É como ouvir alguém dizer
"Vê nessa procura
Uma razão
P’ra virar a dor para dentro"
Que é virar o amor para dentro
Falo de um amar para dentro
Que é virar a dor para dentro

Chegámos ao fim da canção
E paro um pouco para dormir.

Ornatos Violeta in "O Monstro precisa de amigos"

Procuro-te. Procuro-te em mim. Procuro-te nas ruas, nas janelas, nos carros que passam. Procuro-te no olhar dos outros. Procuro-te no céu e no mar. À porta de casa também te procuro. Procuro-te em ti. Procuro-te no telefone, nas fotografias. Procuro o teu sorriso. Os teus olhos. As tuas mãos e palavras. Procuro-te...

Onde estás?

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Àcerca do Mundial III

A legislação que regula o uso da Bandeira Nacional (Decreto-Lei n.º 150/87, de 30 de Março) estabelece, nomeadamente, que:

"Artigo 2.º

(...)
2 - A Bandeira Nacional, no seu uso, deverá ser apresentada de acordo com o padrão oficial e em bom estado, de modo a ser preservada a dignidade que lhe é devida.

Artigo 3.º


1 - A Bandeira Nacional será hasteada aos domingos e feriados, bem como nos dias em que se realizem cerimónias oficiais ou outros actos ou sessões solenes de carácter público.
2 - A Bandeira Nacional poderá também ser hasteada noutros dias em que tal seja julgado justificado pelo Governo ou, nos respectivos territórios, pelos órgãos de governo próprio das regiões autónomas, bem como pelos governadores civis ou pelos órgãos executivos das autarquias locais e dirigentes de instituições privadas.

Artigo 6.º


1 - A Bandeira Nacional deverá permanecer hasteada entre as 9 horas e o pôr do Sol.
2 - Quando a Bandeira Nacional permanecer hasteada durante a noite, deverá, sempre que possível, ser iluminada por meio de projectores."

Com esta febre de bandeiras, parece-me que anda muita gente a violar a lei.
Será que o Governo já colocou em campo os seus serviços de fiscalização?

sexta-feira, 23 de junho de 2006

http://www.worldjumpday.org./

No dia 20 de Julho de 2006 pretende-se juntar 600 milhões de pessoas para saltarem, às 11h39m13s. Estranho? Se calhar nem tanto:
Segundo o site da organização (visitem), está comprovado cientificamente que este salto a nível mundial vai fazer com que a Terra altere a sua órbita, afastando-se ligeiramente do Sol, o que vai atenuar os efeitos do aquecimento global.

Não sei se é verdade mas, como sou uma leiga no assunto, vou saltar!!

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Àcerca do Mundial II

Pior do que ver um jogo da nossa Selecção com treinadores de bancada, é vê-los com o pessimismo encarnado em pessoa. Eu dizia Vai, vai, ela dizia Manda para trás que vais perder a bola. Eu dizia O Ricardo vai defender o penálti, ele dizia Ai que vamos perder o jogo. Eu festejava cada bola na baliza dos adversários com palmas e assobios, ela esperava o momento em que se tudo se ia alterar.

MORAL: Já tinha morrido do coração se fosse pessimista. E não estou a falar só de futebol, mas de tudo o resto. Sou tão mais feliz convivendo saudavelmente com o meu optimismo...

P.S.: Ainda sobre o Mundial: Venham os próximos!! E muita fé!!

Faltam...


Duas horas...

... e quarenta e oito minutos...

para o início do VERÃO!

terça-feira, 20 de junho de 2006

Hoje sinto-me assim... *


* Ou: A serenidade fica-me tão bem...

Diários de Vida

As pessoas percorrem a minha vida. Entram, saem. Algumas voltam. Outras não. Algumas quase chegaram a entrar, outras não chegaram a partir. Algumas ficam eternamente. Ainda que não na vida, na memória. Outras prefiro esquecer. Não fingir que não existiram, mas deixá-las ir. Algumas há que não as deixo entrar. Outras apenas vagueiam ao de longe sem nunca, de facto, permanecer.
Algumas que me deixam sorrisos. Outras que me fazem viajar.
Sou porto. Lugar de encontros e desencontros, passagens, viagens, sonhos, viver.
Sou porto. Lugar de emoções, de desilusões, de eterna transformação quieta, parada, mudada.
Sou porto. De mim...

sexta-feira, 16 de junho de 2006

"Depois do silêncio,

o que mais se aproxima

de expressar

o inexprimível

é a música."

Aldous Huxley

Proposta do Dia:


Sentir...

Cheirar...

Beijar a Natureza...

WC

Quando saio para a noite, e faço-o com bastante frequência, que esta necessidade inata e eterna de dançar não me deixa ficar em casa, passo grandes temporadas nas casas de banho. Para mais, se já conheço minimamente bem determinado local...
É que nas casas de banho das mulheres acontecem muitas coisas. A maioria delas com graça. Conversas de miúdas de 16 e 17 anos, bêbadas, que são verdadeiros espéctáculos de humor itenerantes. Confissões e segredos. Desabafos de amor. Perguntas sobre como resolver a situação, qual consultório amoroso. Inconfidencialidades. Banalidades.
O mais positivo é que, por causa das imensas esperas nas casas de banho das mulheres, farto-me de conhecer gente!!
Assim, quando estou cansada, ou está a passar uma música que eu não gosto, etc., não tendo por desculpa uma ida ao bar, porque tenho o copo cheio, vou até à casa de banho!
Os meus amigos dizem-me que quando não sabem onde estou, é porque estou no sítio do costume!!

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Percurso

Saiu de casa determinado a deixar-se levar pelo mundo. Pelo menos o pedacinho que o rodeia. Conduziu lentamente, a sentir o caminho debaixo dos pés. A perder-se na beleza das casas com muitos anos, com muitas histórias. Havia descoberto há pouco que as casas falam. E riem e choram e sentem e ouvem e murmuram palavras imperceptíveis (só porque nunca nos demos ao trabalho de tentar percebê-las).
Ao afastar-se da cidade conseguiu ver o céu. Estava lindo aquele céu de fim de tarde em tons laranja. Acabou por descobrir que o céu também fala. Mas não conseguia entendê-lo.
Andava devagar. A lembrar-se que adora conduzir... E que a velocidade dos dias já há muito não o permitia lembrar-se...
Finalmente chegou. Estava contente por reencontrar-se com o seu amigo que, não fora ele, talvez não voltasse a ver. Estacionou o carro a alguns metros do local para se lembrar do prazer de caminhar, que a velocidade dos dias quase o levava a esquecer.
Olhando em volta, o amigo que ainda não chegara, sentou-se calmamente na esplanada, por entre uma água e um café. E um, dois, três cigarros... E o amigo que ainda não chegara... Deixava-se crescer a ansiedade. Já não se lembrava de estar assim, só, num local pouco conhecido, com gente que não sabia quem. Já não sabia como estar. Será que reparam em mim? Perguntam-se o que faço aqui? Se espero uma namorada, uma amante, a minha mãe? Se já nada espero e deixo-me aqui ficar? Será que devo fingir que escrevo uma mensagem? A quem? A ansiedade começava a ferver-lhe...
E só depois se apercebeu do ridículo que estava a ser. Escudar-se no telemóvel pelo medo de enfrentar os outros? A realidade? A falta dela?
Perdia-se em perguntas vagas e assolapadas que se atropelavam sem que tivesse tempo de responder.
Foi interrompido pela chegada do amigo que, não fora ele, talvez não voltasse a ver. Sentiu-se confortado pela interrupção. Sentiu-se salvo! Era bem mais fácil assim...

terça-feira, 13 de junho de 2006

E porque se fala de festas populares...

Quero deixar o meu apreço a um "projecto" de percursão maravilhoso, que se dá pelo nome de:


Tocá Rufar

(Basta-me começar a ouvi-los... tum tum tum tum tum tum...
para, progressivamente, todo o meu corpo começar a dançar)
Olhou-os nos olhos e agradeceu-lhes.

A ti, pela entrega.

A ti, pela compreensão.

A ti, pela eterna paciência.
Pela capacidade de me ouvires
e de me compreenderes.

A ti, pelo abraço amigo.

A ti, por seres quem és
e fazeres de mim também
muito daquilo que sou.

A ti, por me provares
que há sempre coisas boas
entre as más.

A ti, porque és eu.

A ti, porque és tu.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Hoje sinto-me assim...

Luta

Confusão.
Dúvidas.
Perguntas sem resposta e respostas sem pergunta.
Mas depois há algo que me diz que está tudo bem...
Está tudo bem...
Chega até a ser especial
(ou és tu que és especial?)
o momento, a incerteza, a força, a luta.
Demonstrativo de escolha.
De descobrir.
De desbravar a ferro e fogo emoções que não sabes possuir.
Que desconhecias poder ter.
Que te permitem crescer.
Conheceres-te na plenitude sem máscaras ou nódoas.
Sem véus.
Conhecê-las nuas.
Cruas.

Portugal - 1 Angola - 0

Constatações:

- O Figo entrou em campo com um estilo capilar que deve ter demorado umas horitas a concluir;

- Não consigo evitar emocionar-me quando ouço "A Portuguesa". Tão lindo...

- E por falar em Figo, será que ele não arranja um tempito para frequentar um curso do género "Como falar português"? Não era má ideia não...

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Olhares

Autor: José Quintanilha

- O que é que aconteceu?
- Ah e tal... eu dei-lhe um abraço... e depois um beijo... e depois um estalo... Tudo actos carinhosos... de quem... aahh... de quem gosta e quer educar... aahhh...

quarta-feira, 7 de junho de 2006

"Ali ficou pensando,

que se o deserto é o mais belo dos jardins,

o silêncio pode ser a mais bela das palavras."

Autor desconhecido

terça-feira, 6 de junho de 2006

Eu fui *

* Ou: Eu sei que não estou a ser original

Sábado, 3 de Junho de 2006

19h30m

Chegamos ao recinto do Rock in Rio e fazemos o reconhecimento do local (foi a minha primeira vez).
Primeira constatação: muito pó. Tocam os Kasabian. Muita gente. Muita Chopp a rolar (é boa a cerveja; gostei). Entre umas fatias de pizza e uma Choppinha começam os Da Weasel a tocar. Não me desiludiram. Iguais a si próprios a meter o pessoal todo a saltar. Com direito a uma participação virtual no Manuel Cruz na Casa. Que eu, claro, fotografei!! Outra Chopp. Ai, ai, no que é que isto vai dar...
Entram os Red Hot. Que, não sendo particularmente calorosos com o público cumpriram o seu papel. Rockar. Assisto ao concerto entre saltos e momentos de suave saborear. E outra Chopp.
Continua muito pó. A esta hora já estamos à vontade para colocar os nossos óculos de sol. Ninguém nos conhece. Sentimo-nos protegidos. Para avacalhar. Huumm... o que dois pares de óculos de sol podem fazer. Entretanto vai mais uma Chopp. Ai ai ai!!
Fim do concerto. Alguém me oferece uma cabeleira usada pelos "meninos Millenium". Agora sim, estou completamente irreconhecível. Novo passeio pelo local. Jogámos ums matrecos. Metemos conversa com o Francisco Mendes. Simpático, o rapaz!! Bebemos uma Chopp. Vamos até à tenda electrónica onde é quase impossível entrar. Saímos.
Sempre com os nossos óculos de sol...

sexta-feira, 2 de junho de 2006

- Esta manhã até tive medo de sair de casa!
- Porquê?
- Então não é que fui ao frigorífico e percebi que não tinha Actimel?

Àcerca do Mundial

Muito se tem escrito sobre o Mundial. Tenho lido vários artigos de opinião de políticos, jornalistas, economistas e mesmo "cronistas" (não sei muito bem qual é a profissão dos últimos) sobre o assunto. A maioria deles com críticas a este próximo período de loucura nacional.
Porque os jornais, rádios e televisões vão vomitar futebol. Porque o povo português devia era preocupar-se com a crise. Porque não se vai ouvir falar de mais nada nos cafés, transportes públicos, etc., etc. Porque esta entrega demonstra como somos um país pobre. Económica e mentalmente. E por uma série de razões mais. Futebol, futebol, futebol...
Compreendo em certa parte as razões de quem assim escreve. Vai ser uma avalanche do desporto rei. Mas não concordo.
De facto, só quem não é "povo", pode fazer este tipo de críticas. Porque, como os efeitos da crise não chegam a estas personalidades do "cronismo português", não sentem estes senhores o Mundial como um dos poucos acontecimentos que fazem esquecer o momento em se que vive. Quase de catarse. E que despertam emoções que há muito as pessoas não sentem.
Era bom que se concluísse que todo este euforismo não advém de sermos um país com mentalidades "pobres"; é sim consequência do próprio país.
Quanto a mim, adoro estes períodos de patriotismo desportivo, de alegrias e lágrimas, de adrenalina e cervejas e tremoços e abraços e gritos e golos e bandeiras às janelas.
De festa, de união num dos poucos pontos comuns dos portugueses.
Por isso, quero lá saber o que dizem os opinion makers. Durante os próximos tempos vou estar muito ocupada a respirar futebol.