Cheguei tímida pela distância dos anos. É estranha essa sensação de se não saber se as coisas e as pessoas são como eram. Porque os anos nos alteram. A vida muda-nos. O nosso interior transmuta-se.
O início do jantar foi calmo. O vinho ajudou a descontrair.
E depois... Ah, depois começamos a relembrar os nossos velhos tempos. As loucuras (tão grandes que foram...). A rebeldia própria de quem pretende mudar o mundo. A doce irresponsabilidade pelos nossos actos (que sabia bem naquele tempo). As bebedeiras. As brincadeiras.
E foi tão bom descobrir que um bonito laço de cumplicidade nos continua a unir...
Os meus amigos...
Que me acompanharam nessa idade de tresloucada e inconsequente descoberta... que comigo participaram no tudo querer, no tudo experenciar...
Senti algum saudosismo também... De alguém que preferia manter-se no passado.
Não consigo pensar assim. Gosto muito desta maturidade construída à força da experiência.
E parecia que todos tínhamos 15 anos outra vez. E que não tinham passado outros quinze. Cantámos músicas relembradas. Dissemos piadas gastas mas que para nós continuam a ser engraçadas.
Depois fomos dançar. Brindámos à amizade. À felicidade de quem nunca se esquece.
E uma vez mais senti que o hoje era ontem.
Dormi feliz.
4 comentários:
Sabe tão bem, não sabe?... Alguém disse que matar é pecado! E matar saudades é? Hmm, acho que não!
Beijokaaaas, sol :))
Olha, concordo plenamente com o hl e o pim.
Beijo.
há dias assim... que nos trazem para o presente o melhor do nosso passado!
que bom! beijinhos
É sempre bom visitar o nosso bom passado, na companhia de quem fez parte dele. Fica toda a gente com um olhos muito brilhantes e uns sorrisos rasgados, um arzinho de adolescente... :)
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