sexta-feira, 19 de maio de 2006

A Casa (Vem fazer de conta)


(...)
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Quando queremos nós ter um sorriso maior
Bem-vindo a casa dizia quando saía de dentro dela
O bonito paradoxo inventado por uma dama bela
Em dias que o tempo parou, gravou, dançou,
não ‘tou capaz de ir atrás, mas vou
porque sou trapalhão, perdi a chave e já nem sei bem o caminho
nestes dias difusos em que ando sozinho e definho
à procura de uma casa nova do caixão até a cova
o percurso é duro em toda a linha, sempre à prova
o calor é um alimento que eu preciso
o amor é apenas um constante aviso
se sabes que eu não vivo dessa forma
tu sabes que eu não sinto dessa forma

Por isso escrevo na esperança que ela ouça o meu pedido
de desculpas
de socorro
de abrigo
não consigo
ver uma razão para continuar a viver sem a felicidade do meu lar
da minha casa, doce casa, já ouviram falar?

É o refúgio de uma mulher que deus ousou criar
Com o simples e unico propósito de me abrigar
Não vejo a hora de voltar lá para dentro, faz frio cá fora
Faz tanto frio cá fora que eu já não vejo a hora…

Da Weasel/ Manuel Cruz

2 comentários:

poca disse...

Por isso escrevo na esperança que ela ouça o meu pedido
de desculpas
de socorro...
Sim às vezes ouvimos uma canção e gostavamos que alguém também a ouvisse e sentisse o clic em determinada parte!
"vem fazer de conta eu acredito em ti"

o mais dificil de ver nas relações com os outros... é o que é que eu sinto e quero... e não como é que o outro agiu ou deveria de...
és tu que importas! tu!
beijinho grande!

fiona bacana disse...

a música foi toda escrita pelo manel, mas só o refrão vale...o resto é paisagem. "Tento ter a força para levar o que é meu..."

obrigada pela viagem.