Uma coisa que os meus pais me ensinaram foi a agradecer sempre que recebo um elogio. Continuo a cumprir este ritual com fervorosa convicção, não porque os meus pais me obriguem, que já sou grandinha, mas porque penso ser dos princípios basilares da vida em sociedade: o respeito pelos outros e, porque não, a simples boa educação?
Se descubro um blog de que gosto especialmente ou, se me agrada determinado post, deixo um comentário na forma de elogio, que considero também uma prática em desuso no nosso país (não sei se nos outros países também será assim, mas gosto de cingir-me àquilo que conheço). No entanto, constato frequentes vezes que, se alguém escreve algo com que a qual a maioria não concorda, ou se há um erro ortográfico particularmente grave, lá fica a caixa de comentários cheia de alertas ou chamadas de atenção ou impropérios, consoante o caso.
Ora, face à falta de reacção à maioria dos elogios que faço o que, além de me entristecer (eu, que sempre sonhei com uma sociedade cordial, solidária e simpática) me irrita para além do normal, porque nunca lidei bem com este tipo de comportamentos, leva-me a compreender cada vez melhor o ditado “Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais”. E é uma pena que assim seja.
5 comentários:
Por norma procuro ser um tipo cordial e respeitar a opinião alheia.
Desprezo quase olimpicamente os ditos "gurus" da "bloga" e aprecio imenso fazer descobertas que são pequenas pérolas.
Aqui descubri uma pérola.
Muito obrigada Ferreira Pinto, sinto-me lisonjeada.
Como seguidora,
+ que de vez em quando comenta, normalmente para concordar :) será que posso só lembrar uma interpretação mais positiva? Pode ser que quem é elogiado seja tão modesto ou fique tão feliz que nem se lembre de agradecer por escrito? E poderemos também pensar que os que reclamam são uma minoria só que mais activa que a maioria silenciosa que agradece em silêncio.
Ou então concluir que gostamos mais dos animais e pronto.
É uma interpretação das coisas Redonda, mas eu continuo (infelizmente) a acreditar naquela que faço.
De certeza que conheces alguns casos que fogem à regra, mesmo que sejam poucos.
Há dias desviei-me do caminho de uma pimpona e nem tinha esse dever que ela poderia ter dado a volta, e ela nem um nem dois, então resmunguei um "se me desvio sem me pedires, agradeces!". Acho que só a amiga ouviu.
Postar um comentário