Juntamente com os primeiros ares da manhã entra o mar pela minha janela. Lá ao fundo a igreja renovada, de novo pintada, para fingir que o tempo não passou. Olho para o infinito e todo ele é muito azul.
Tenho-me perdido muitas vezes nesse azul, que me acalma e me serena, que me faz nele querer mergulhar. Abandono-me muitas vezes ao sabor do meu pensamento que, invariavelmente, vai cair em ti.
E deixo-me cair em ti sem medo ou insegurança ou outra dúvida qualquer. Entrego-me de braços abertos, sem ontem ou amanhã (porque o amanhã pode já não existir), entrego-me com toda a força que existe em mim. Atiro-me sem rede através da minha janela.
Se fosses uma cor serias azul.
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