Hoje apetecia-me não existir. Ou, existindo, existiria sózinha; no máximo, existiria longe de todos. Porque todos me cansam com os seus dias pontuados de mentiras e subterfúgios e pequenezes tão desnecessárias quanto nojentas.
Hoje partia para nunca mais voltar. À procura de gentes genuínas e correctas. No fundo, gentes pelas quais valesse a pena existir.
Hoje mandava para o caralho todos aqueles que o merecem ouvir (mas, pensando bem, iria passar por ventura o dia a mandar pessoas para o caralho e isso poder-me-ia cansar também).
Não posso. Por isso fecho-me no meu mundo, solitário mas meu, pequenino mas verdadeiro, real nesta nuvem em que pareço viver.
Hoje a porta está fechada. Acho que tão cedo não a volto a abrir.
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