segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Àquela hora, naquele sítio, enquanto olhávamos o sol, com raios laranja a apagar-se no mar, adormecido, lembrei-me de te dizer:
-Somos uns privilegiados, não somos?
Olhaste-me para que eu completasse o raciocínio. Franziste a sobrancelha, quase como se fosses piscar o olho.
-O mar, o sol, esta vista linda que me enche o corpo de maresia e Primavera! E de paz, de paz...
Franziste-me a sobrancelha, quase como se fosses piscar o olho, em tom de aprovação.
Ficamos assim, calados e quietos, para mais de uma hora. Quando nos cansamos daquela sensação de que não se esteve cá olhei-te e piscaste-me o olho. Saímos daquele estado de pause e voltamos para as nossas vidas.

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