O melhor filme estrangeiro é obrigatório de se ver. "A vida dos outros", filme alemão realizado por Florian Henckel Donnersmarck, sobre as actividades da STASI (a polícia secreta da ex-Alemanha oriental), é um daqueles filmes que me fez ficar na cadeira do cinema para além do filme acabar. A olhar para o ecrã mas sem o ver. Simplesmente a digeri-lo. A degustá-lo.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Sobre os Oscares (I)
Adormeci às três da manhã. Antes de que qualquer coisa de verdadeiramente interessante tivesse acontecido.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
...
As palavras seguintes constam de um texto escrito por um jovem de 26 anos:
1. Prontes
2. Esperção
3. Sedutoura
4. Xatiada
5. Degote
6. Jentil
7. Possas
8. Avia
9. Ó não
10. Perçebi
11. Menssajem
12. Fumu
13. Ódepois
14. Trajos
15. Xoras
Tradução:
1. Pronto
2. Expressão
3. Sedutora
4. Chateada
5. Decote
6. Gentil
7. Poças
8. Havia
9. Ou não
10. Percebi
11. Mensagem
12. Fumo
13. Depois
14. Trajes
15. Choras
Prontes!! E assim se vai falando e escrevendo em português.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Relatividade
s. f.,
qualidade ou estado do que é relativo;
contingência;
condicionalidade;
qualidade ou estado do que é relativo;
contingência;
condicionalidade;
É um conceito com o qual me tenho deparado variadíssimas vezes. Porventura um dos mais presentes na vida. Porque tudo é tão relativo... O que é de determinada forma hoje será diferente amanhã. E já havia sido diferente antes. O que já foi preto é branco. Ou de outra cor qualquer.
Impressiona-me a relatividade da mente humana. Das sensações. Do tempo. Das formas de se ser e querer ser. Das emoções. Do espaço. Dos conceitos.
Impressiona-me, sobretudo, a relatividade da própria relatividade. Que, para mim (lá está a relatividade novamente) é difícil de explicar. Ou talvez não...
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
Apontamentos televisivos
1. Ontem vi pela primeira vez (parte) do Hora H, do volta-que-estás-semi-perdoado-Herman. E gostei. A fazer-me lembrar um pouco o Tal Canal. A voltar a fazer-me rir. Como não me ria desde o Herman Enciclopédia. Aguardo novos episódios para confirmar. Um senão: a falta do Monchique.
2. Nunca pensei ouvir o André Sardet a cantar "A minha sogra é um boi", dos Mata-Ratos, na televisão. Mas ele fê-lo (no Diz que é uma espécie de magazine), com a letra alterada para qualquer coisa como "A progenitora da minha esposa é um bovino". Admirei-lhe a ousadia e fiquei a simpatizar mais com o moço.
3. Um outro programa a ver com frequência é Um prazer dos diabos (na SIC Mulher, às 4ªas., pelas 22h30m, com várias repetições), mais ou menos definível como de crítica humorística sócio-política. Gosto especialmente da Inês Meneses: tem o tipo de humor sarcástico e irónico do qual sou fã.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Quando voltaste questionei-te porquê. Se por cansaço ou por dever. Se por desejo ou, simplesmente, porque já não tinhas nada a dar. Fugiste-me à questão. Fugiste-me ao olhar. Desculpaste-te por entre frases feitas nas quais não acreditei. Mais tarde, bastante mais tarde, confessaste-me que voltaste por cobardia. E que era a cobardia que te impedia de voltar a partir.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Irritações do quotidiano*
(* Subtítulo: Ou deixa de ir comprar frango)
Há atitudes nas pessoas que, por vezes, conseguem irritar-me verdadeiramente. Ontem dirigi-me a um hiper para comprar um frango no churrasco. Chego, tiro a senha da praxe e ando para lá, do género ver montras, enquanto espero que saia a nova fornada (uma seca, portanto!). Quando faltam cerca de três números para chegar a minha vez aproximo-me do emaranhado de gente que está praticamente em cima do balcão. Finalmente chega a minha vez e lá vou eu a furar dizendo com licença, com licença. Conclusão: todas aquelas pessoas esperando ansiosamente coladas ao balcão estavam depois de mim. GGggrrrr, nervos! Será que pensam que serão servidos mais rapidamente por estarem mais próximos dos frangos? Mais à frente? Enfim...
Outra sensação parecida (ou seja, de grande irritação), ocorre-me quando estou numa fila à espera de algo. Porque é que as pessoas se colam a nós? É para andarmos mais rápido? Ou para nos pressionarem a colar-mo-nos ao próximo numa atitude de intimidação? GGGrrrr, nervos! Muitos nervos...
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Este blog encontra-se em expansão internacional
Sim, sim!! Com visitas do Brasil, EUA, China, Perú, Suécia,
Luxemburgo, Irlanda, Costa Rica e Roménia!!
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Fresquíssima
Abriu ontem, em Aveiro, a primeira smart shop da Europa (para além da Holanda, claro), que se chama de Cogumelo Mágico e vende drogas legais.
Por lá podem encontrar "erva sálvia, pronta para ser fumada ou vendida em extractos para fazer chá, kits para cultivo de cogumelos «mágicos», cápsulas de produtos naturais com princípios alucinogénicos (designadas happy-caps), cactos que contêm mescalina (uma substância alucinogénica), e chá de erva ayahuasca, «que junta duas plantas que são dos alucinogénicos mais potentes no mundo»".
Peço desculpa perante a desilusão de muitos mas não, não sei a morada. Vão ter mesmo de procurar!!
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Ainda sobre o futebol
Primeira página do jornal Record de hoje: "E até Scolari comemorou os golos ao Brasil". Heellloooooooo!!!! Estar-se-ia à espera de que atitude, afinal?
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Conversas de café
Diz um português para um brasileiro, após o 1º golo de Portugal no jogo entre Portugal-Brasil (ou terá sido Brasil-Portugal? hoje não estou com muitas certezas, já se vê!!): «Oh, oh, isto é que é saber jogar!! Quem levou o futebol para o Brasil foi o Pedro Álvares Cabral.» Ah pois é!!
Que...
... os chineses fotografam tudo o que lhes aparece à frente durante as suas excursões não é novidade (ou serão os japoneses? isso agora não interessa que a mim parecem-me todos iguais). Agora, o que pude constatar hoje, enquanto tomava o pequeno-almoço, pelas oito da manhã, numa sala cheia deles (e digo-o sem qualquer sentido depreciativo) é que eles começam logo aí!! Elas são fotografias com a companheira a segurar a chávena, a comer um pedaço de bolo, a limpar a boca, elas são fotografias com a criança aos berros, elas são fotografias com o homem a sentar-se, a levantar-se, a ir buscar café... Enfim, a vida deles é um álbum... repleto.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
O mar inundou-me com a sua espuma fria branca.
Ainda que não fosse eu.
Perdi-me naquele entardecer alaranjado, com raios de rosa flor.
E tu estavas lá.
Nas ondas, na areia, no arfar dos cães que na praia corriam.
Nos gritos dos donos que os chamavam de volta.
Estavas lá... No infinito... No céu...
Na minha cabeça.
Os passos empurraram-me para onde queria ir.
Não sabia se devia. Molhei os pés.
E quis, nesse momento, nesse preciso momento,
atirar-me, despida, nua de tudo e de nada.
E deixar-me levar...
Ainda que não fosse eu.
Perdi-me naquele entardecer alaranjado, com raios de rosa flor.
E tu estavas lá.
Nas ondas, na areia, no arfar dos cães que na praia corriam.
Nos gritos dos donos que os chamavam de volta.
Estavas lá... No infinito... No céu...
Na minha cabeça.
Os passos empurraram-me para onde queria ir.
Não sabia se devia. Molhei os pés.
E quis, nesse momento, nesse preciso momento,
atirar-me, despida, nua de tudo e de nada.
E deixar-me levar...
Passagens
"Abri o ferrolho depois de ter espreitado pelo buraco de vigia. Estava pendurada nas meias de nylon. Estava já roxa, os olhos revirados. Arranquei-lhe as meias à dentada. Estavam tão apertadas que os meus dedos não conseguiam desatar aquela coisa. Teve de ser à dentada. Salvou-se. Começou aí uma relação, eu não digo de amizade, porque eu sou guarda, mas percebe? Bom, ela começou a dar-me cartas para pôr no correio, para o companheiro. Depois deixava cartas na minha mesa e eu percebi eram as respostas. Ela simulava o correio que ia receber. E eu sei que não devia ter entrado no jogo, mas o que é que quer? Fez-me pena. Uma mulher que com a mão direita escreve cartas a um homem que não existe e com a mão esquerda, numa letra diferente, escreve as cartas de resposta para si própria. É de tristeza infinita, não é?"
Patrícia Reis in "Morder-te o coração"
Dom Quixote, 2007
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