A British Medical Association, numa conferência que decorreu na Escócia, defendeu a proibição das cenas com cigarros em filmes, de forma a não se influenciar negativamente os jovens, nomeadamente para não aumentar o vício do tabaco entre os mesmos.
Ora, este tipo de argumento, bem espremidinho, e aplicado a outros tipos de cenas de cinema poderia acabar com esta (bela, digo eu) forma de arte. Vejamos:
Dever-se-ia acabar com as cenas de acção porque nelas existe muita violência (ele é murros e pontapés, é sangue que escorre de várias cavidades corporais, é tipos estendidos no chão a gemer, é armas cujo gatilho é premido a torto e a direito, é perseguições a grandes velocidades, etc., etc.) - não é isto uma influência negativa para os jovens?
E os filmes de guerra? E os que versam sobre tráfico e consumo de drogas? Nunca, muito má influência!
Em última instância acabariam também os filmes ditos de amor porque, por regra, há sempre uma cenazita envolvendo sexo ou um toque mais descarado. Ups, má influência!!
Filmes pornográficos? No way.
Artes marciais? Nop.
Filmes sobre política? Uiii, nem pensar...
Bibliográficos? Também não, não existe ninguém "real" que seja perfeito!
Acabe-se com os filmes então, essa forma monstruosa de influenciar negativamente os jovens.
O mundo seria um lugar muito melhor.
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