sábado, 5 de julho de 2008

Garatujar

E neste momento apetece-me escrever. Discorrer sobre o que me vem à mente, sem que tenha de ser coerente. Escrever somente sobre o que a cabeça me vai ditando, embalada (talvez) pelo vinho quente que me atormenta suavemente.
Escrever, escrever, escrever.
Ou apenas garatujar.
Escrever sobre o que me rodeia, os livros dispostos em fila, desconexos, a almofada pousada no canto do banco, o ar quente que a janela aberta deixa entrar.
Escrever sobre a música que leva as minhas pernas, cruzadas na cadeira gasta, a bambolearem, os dedos a estalarem por entre o fumo dos cigarros que fumo insistentemente, (oh, necessidade urgente).
Escrevi. Pouco, mas escrevi.
Ou apenas garatujei.
Cumpri-me.

2 comentários:

miak disse...

Às vezes quando corremos sem destino saem palavras que tocam mais do que estórias complexas. Foi este o caso.

redonda disse...

Gostava de ser capaz de garatujar assim!
e agora gostei da palavra também, garatujar...