domingo, 30 de março de 2008

Poderoso, perfeito, Portishead



Casa cheia. Odor a erva. Expectativas ansiosas. Fazem-nos esperar e o nervosinho miúdo cresce dentro de mim. Quero-os no palco. O restante público também, o que se comprova pelas palmas, gritos, pelo burburinho que se sente entre aquelas paredes. E eis que, finalmente, eles estão lá. Uma banda que me acompanha desde há muito, embora nem sempre. Porque, se por vezes as músicas me trazem paz, outras há em que me deixam melancólica, soturna.Dependendo sempre do meu estado de espírito.
Todo o concerto é para mim uma viagem. Deixo-me levar pelas luzes, pelo embalar dos corpos que se movimentam no mesmo ritmo do meu. A voz encarrega-se do resto. Beth Gibbons de seu nome. Fecho muitas vezes os olhos e sinto-me a sorrir. Por vezes expresso-o, outras guardo-o egoisticamente em mim. Porque representam momentos só meus.
Foi lindo, a levar-me a pensar que eu tinha de lá estar. E estive. E adorei.

Um comentário:

[Ariana Aragão] disse...

Foi simplesmente sublime.